China abre mercado para avicultura de MS
A carne de frango é o sexto maior produto na pauta de exportações do Estado; em 2022, foram exportadas 174.143 toneladas
O frigorífico está localizado em Itaquiraí e, a partir de fevereiro, poderá exportar para a China, além da oportunidade de elevar os números alcançados em 2022 pelo Estado. O mercado chinês também pode abrir as portas para outros frigoríficos de MS.
A carne de frango é o sexto maior produto na pauta de exportações de Mato Grosso do Sul. Em 2022, foram exportadas 174.143 toneladas de carne de frango, o que gerou uma receita líquida de US$ 373,3 milhões. A participação da carne de aves representou 4,56% das exportações.
Em 2021, foram 191.671 toneladas, com valor negociado chegando a US$ 347,3 milhões e participação de 5,04%. Em termos de valores exportados, o resultado mostra uma elevação de 7,49% de 2021 para 2022, porém, quantitativamente, houve diminuição de 17.528 toneladas.
Nesse caso, houve uma valorização nos preços da commodity no ano passado – uma tendência que ainda não foi confirmada para este ano.
O Boletim Casa Rural, elaborado pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), mostra que, em dezembro de 2022, o preço médio para o frango abatido atingiu o valor de R$ 13,17 por quilo, configurando-se em um avanço de 3,83% sobre o valor de novembro de 2022.
De acordo com o estudo, a produção se equilibra à demanda e garante o bom desempenho nos preços. No comparativo anual, o boletim constatou uma valorização de 31,30% no preço de dezembro do ano passado, principalmente em comparação a dezembro de 2021, quando o quilo do frango foi comercializado, em média, a R$ 10,03.
Já em 2022, segundo o Sistema Famasul, o preço médio do frango abatido chegou a R$ 10,53 por quilo, ou seja, um valor 19,93% maior que o preço médio de 2021, que foi de R$ 8,78 por quilo.
Outro comparativo feito pelo Sistema Famasul é a relação de troca entre o frango e o milho. Nesse caso, em 2022, a relação melhorou em dezembro, com um quilo de frango abatido permitindo a compra de 11,22 quilos de milho. Isso representou alta de 6,5% em relação aos 10,54 quilos de milho de novembro.
Já no comparativo anual de 2022, houve uma elevação acumulada de 38,87%, levando-se em consideração que no último mês de 2021 o preço de um quilo de frango permitiu adquirir 8,08 quilos de milho.
No relatório da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), resultados apontam que a movimentação de frango com a finalidade abate foi de 14,2 milhões de aves no mês de dezembro do ano passado.
Ainda de acordo com o estudo, o resultado foi 4,68% menor que o do mês de novembro e 2,86% inferior ao número de animais abatidos em dezembro de 2021. Ao todo, no ano de 2022, foram abatidas 175,8 milhões de aves, o que significa um crescimento de 0,92% ante as 174,2 milhões de cabeças de 2021.
IN NATURA
Em cifras, os números mostram que as exportações da carne de frango in natura feitas por Mato Grosso do Sul geraram receita de US$ 28,8 milhões e totalizaram 12,7 mil toneladas só no mês de dezembro de 2022.
Esse resultado proporcionou uma alta de 28,62% na receita, além de um aumento de 16,94% no volume, quando comparado a novembro, e, paralelamente, também apontou uma queda em relação a igual período de 2021.
No acumulado de 2022, o total de exportações atingiu US$ 374,1 milhões e 174,2 mil toneladas de carne de frango, o que representa uma melhora de 7,73% na receita e, ao mesmo tempo, uma queda de 9,07% no volume, quando comparado a 2021.
Em nível nacional, o Brasil exportou um total de US$ 9,3 bilhões. De acordo com o estudo, esse número superou em 27,89% o valor de US$ 7,3 bilhões de 2021. O volume de 4,6 milhões de toneladas de carne de frango exportadas em 2022 foi 4,25% maior que o volume de 2021.
Quanto ao destino das exportações, o Japão foi responsável por 18,38% da receita de Mato Grosso do Sul em 2022, com um quantitativo de carne de frango totalizando 29,2 mil toneladas. A receita foi 35,11% superior ao valor de 2021.
A China, mesmo com uma redução de 23,55% nas importações, ocupou a segunda posição, com o equivalente a 17,29% do faturamento. Os Emirados Árabes ocuparam a terceira posição, com 10,30% de participação no total e crescimento de 30,25% de um ano para o outro.