O ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) permanece na liderança entre os moradores de Campo Grande, mulheres, mais pobres e eleitores até com o nível fundamental e com nível superior. O ex-governador André Puccinelli (MDB) fica na frente no interior, entre os homens, eleitores com nível médio. Já o candidato do governador Reinaldo Azambuja, Eduardo Riedel (PSDB) lidera entre os sul-mato-grossenses mais ricos, com renda acima de cinco salários mínimos.
Os detalhes da pesquisa são feitos pelo IBP (Instituto Brasileiro de Pesquisa), realizada com 2.500 eleitores entre os dias 17 e 22 deste mês e com margem de erro de 2% para mais ou menos. Na Justiça Eleitoral, a sondagem foi registrada com os números MS-06086/2022 e BR-02473/2022.
No interior, o ex-governador lidera, mas perdeu dois pontos, enquanto Rose subiu quase dois e Riedel, mais cinco. Conforme o IBP, André tem 22,7% (ante 24,73% em maio), seguido pela deputada federal com 18,43% (diante de 16,84% do mês passado), o candidato do PSDB tem 17,46% (contra 12,22% há 30 dias), Marquinhos tem 12,51% (contra 13,50% no mês passado), Contar tem 5,80% (contar 8,46%) e Giselle 1,99% (estável já que tinha 1,85%).
Entre as eleitoras, Marquinhos segue o favorito, com 20,76%, seguido por Rose Modesto com 17,35%, André Puccinelli 17,12%, Riedel com 14,09%, Contar com 5,61% e Giselle com 1,74%.
Já entre os homens, Puccinelli lidera com 22,2%, Marquinhos com 19,75%, Riedel com 18,39%, Rose com 15,34%, Capitão Contar com 6,86% e Giselle com 1,76%.
Considerando a escolaridade, Marquinhos lidera entre os analfabetos, com 18,18%, seguido por André com 16,16%, Rose com 13,49%, Riedel com 13,13%, Contar com 7,74% e Giselle com 3,03%. A petista tem o maior índice da pesquisa entre este segmento do eleitorado, conforme o IBP.
Entre os sul-mato-grossenses até com nível fundamental, o ex-prefeito tem 22,4%, seguido por André com 21,03%. Os dois lideram com folga neste extrato, já que o terceiro colocado, o candidato de Reinaldo tem 12,51%, contra 10,52% de Rose, 5,89% do deputado bolsonarista e 2% da petista.
Entre os eleitores com nível médio, o quadro é totalmente diferente. O candidato do MDB lidera com 22,52%, seguido por Rose com 20,72%. Marquinhos surge em 3º, com 16,67%, enquanto Riedel tem 13,51%, Contar 6,22% e Giselle, 2,34%.
Marquinhos lidera com 23,52% entre os eleitores com nível superior, seguido de perto por Eduardo Riedel com 22,12%. O ex-governador André Puccinelli fica em 3º, com 18,22%, seguido por Rose com 13,86%, Capitão Contar com 6,39% e Giselle com 0,93%.
Já no quesito renda, Marquinhos lidera entre os mais pobres, com renda de até dois salários mínimos. No primeiro grupo, com renda de até um salário, o ex-prefeito da Capital tem 25,27%, seguido por Rose com 21,61%, André com 15,02%, Riedel com 13,19%, Capitão Contar com 7,69% e Giselle Marques com 2,01%.
No grupo com renda de um a dois salários mínimos, Marquinhos também lidera com 24,93%, seguido por Rose 21,07% e André, 20,13%. Eduardo Riedel abre o pelotão com 14,8%, seguido pelo deputado estadual com 5,2% e pela candidata do PT com 2,40%.
No grupo de dois a cinco salários, André lidera com 23,82%, longe do empate técnico, seguido por Marquinhos com 15,79%, Riedel com 10,71%, Rose com 9,6%, Contar com 4,99% e Giselle com 2,12%.
O PSDB pagou a conta de luz e a carteira de motorista dos mais pobres, mas conquistou os mais ricos. Riedel lidera no grupo com renda acima de cinco salários mínimos. O tucano tem 25,06% no grupo de cinco a 10 salários, seguido pelo candidato do MDB com 23,84%, pelo ex-prefeito da Capital com 18,25%, por Rose com 13,38%, Capitão Contar com 9,73% e Giselle com 1,22%.
Riedel fica na frente com 22,86% no grupo com renda acima de 10 salários, mas Marquinhos fica em segundo, com 15,24%, seguido por Rose com 14,29%, André com 12,38%, Contar com 6,67% e Giselle com 1,47%.
Os números detalhados mostram que Marquinhos precisa melhorar a performance no interior. André começa a perder pontos em todos os segmentos, mas precisa recuperar-se na Capital, que curiosamente já foi sua fortaleza eleitoral.
O candidato de Reinaldo precisa conquistar os mais pobres e os eleitores de Campo Grande, onde o morador é mais exigente e não deve facilitar o projeto do PSDB de emendar um terceiro mandato consecutivo, principalmente após os escândalos de corrupção.