O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou, em evento na Sanesul na manhã deste sábado (21), ter todas as provas da inocência do filho Rodrigo de Souza e Silva, que nesta semana foi alvo de decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) pela continuidade das investigações sobre denúncia criminal de roubo majorado.
“Temos todas as provas ali e aonde que a gente vai provar isso? Na Justiça. Eu acredito muito na Justiça. Eu sempre tenho dito que a verdade prevalece à mentira”, declarou, garantindo que Rodrigo não teve nenhum envolvimento em plano de queima de arquivo, conforme aponta denúncia. “É um bom filho, é um bom pai, um bom esposo, honesto, e a Justiça prova isso”, disse.
Apesar da decisão do TJMS nesta semana, Reinaldo insistiu em dizer que se tratava de assunto ‘requentado’. Lembrou ainda que a investigação contra o filho, feita pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) fez com que eles recorressem ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) contra o promotor de Justiça que conduziu o caso alegando que a conduta dele teve ‘vários vícios’.
“Lá atras quiseram me atingir e o Superior Tribunal de Justiça arquivou esse assunto por 11 a zero. Então isso foi arquivado lá e agora estão requentando de novo esse assunto com o objetivo de atingir o Rodrigo. Atingindo o Rodrigo lógico atingir o pai”, disse ainda.
“Qualquer filho defende um pai. Qualquer pai defende um filho. Até se ele tiver errado. Mas eu posso dizer pra vocês: o Rodrigo não tem culpa nenhuma. Está sendo vitima de uma armação mais uma vez e eu tenho certeza confiando na Justiça, a Justiça vai prevalecer”, finalizou.
Revelação constou em decisão do STJ
Filho do governador Reinaldo Azambuja, Rodrigo ficou preso por cinco dias após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deflagrar a Operação Vostok. Na época, o aposentado Luiz Carlos Vareiro, 61 anos, afirmou que teria sido contratado por Rodrigo para roubar e executar o corretor de gado José Ricardo Gutti Gumari, o ‘Polaco’.
A revelação constou na decisão do ministro Felix Fisher. Segundo a decisão, “no bojo das investigações, verificou-se a possível arregimentação de eventual eliminação/morte de um dos atores da organização criminosa, o investigado José Ricardo Gutti Gumari, conhecido como “Polaco”, em decorrência da sua ausência de fidelidade a organização”.
Conforme o documento, Polaco estaria chantageando os envolvidos no esquema, sob ameaça de que faria uma delação premiada. Consta ainda que o Preso por suposto roubo de veículo na BR-262, Vareiro denunciou o plano, supostamente encabeçado pelo filho do governador.
Na época, o lavador de carros denunciou que roubou “propina” de R$ 270 mil paga por integrantes da administração estadual a Polaco. Articulador do roubo, Vareiro exigiu a presença do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para revelar como orquestrou o crime.
De acordo com denunciante, o filho de Reinaldo Azambuja teria lhe procurado para encomendar o roubo da propina destinada a Polaco, além da morte do corretor.
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