MOSCOU – A Rússia está se preparando para iniciar uma campanha de vacinação em massa contra o novo coronavírus em outubro, disse o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, neste sábado.
A informação foi divulgada pela a agência de notícias russa RIA, que informou também que o ministro não deu detalhes sobre qual vacina será usada. Ele adiantou, porém, que médicos e professores serão os primeiros a receber as doses.
Uma fonte disse à Reuters, nesta semana, que a primeira vacina em potencial contra Covid-19 de Rússia, desenvolvida por um centro de pesquisa do estado, teria a aprovação regulatória local em agosto e seria administrada aos profissionais de saúde logo em seguida.
Seis meses após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a emergência global, o novo coronavirus matou mais de 680.000 pessoas no mundo e infectou mais de 17,6 milhões, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais.
A região da América Latina e Caribe registra o maior número de casos da Covid-19 no planeta, com mais de 4,7 milhões de contágios e aproximadamente 195.000 mortes, dos quais. Somente no Brasil, são 2,67 milhões de casos e 92.585 mortes até este sábado.
Desconfiança
Dezenas de possíveis vacinas contra o coronavírus estão sendo desenvolvidas em todo o mundo e mais de 20 estão atualmente em ensaios clínicos.
Inúmeras empresas chinesas lideram a corrida para desenvolver uma imunização contra a doença e a Rússia já havia estabelecido setembro como data limite para lançar a sua própia vacina. No entanto, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci afirmou, recentemente, que é pouco provável que seu país use uma vacina desenvolvida por um desses países, onde, segundo ele, os sistemas de regulação são mais opacos do que no Ocidente.
— Espero que os chineses e os russos realmente estejam testando a vacina antes de administrá-la em alguém — disse durante uma audiência no Congresso nesta sexta-feira.
Há uma corrida global para o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. No Brasil, estão sendo testadas vacinas produzidas pelo laboratório chinês Sinovac e pela Universidade de Cambridge (Reino Unido) e o laboaratório Moderna.
Como parte de seu projeto “Operation Warp Speed”, o governo dos EUA pagará aos laboratórios Sanofi e GSK até US$ 2,1 bilhões para desenvolver uma vacina contra a COVID-19, disseram as empresas farmacêuticas.
Como parte de seu projeto “Operation Warp Speed” (Operação velocidade da Dobra), o governo dos EUA pagará aos laboratórios Sanofi e GSK até US$ 2,1 bilhões para desenvolver uma vacina contra a Covid-19, disseram as empresas farmacêuticas também na sexta.
Um dos países que participará dos ensaios em grande escala (a terceira e última fase de testes da vacina) da Sanofi é o México, que registrou um novo recorde de casos diários nesta sexta, com 8.458 infecções. O país já é o terceiro mais afetado do mundo pelo vírus, com 46.688 mortos (424.637 casos), superando o Reino Unido.
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