A pecuária de Mato Grosso do Sul manteve, na primeira quinzena deste mês, o processo de recuperação no preço da arroba do boi gordo.
De acordo com o último boletim divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), de 1º a 13 deste mês, os preços da arroba registraram valores “significativamente superiores” aos cotados 30 dias antes.
Na primeira de agosto, informou o boletim, os valores médios da arroba eram de R$ 118,92 para o boi gordo e R$ 109 para a vaca – preço à vista, e sem descontar o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).
Já nos primeiros quinze dias deste mês, os valores saltaram para R$ 138,27, a arroba do boi gordo, o que representa uma alta de 16,3%, e R$ 128,67, o para a vaca, alta de 18%.
O boletim da Famasul apontou que esse processo de recuperação teve início já em agosto, quando, na segunda quinzena, os preços haviam fechado em R$ 134,42 a arroba do boi gordo e R$ 124, da vaca.
Para a Famasul, a razão para essa recuperação está pautada em uma oferta menor de animais terminados e leve recuperação do consumo, tanto no mercado interno quanto externo, visto que as exportações registraram bons volumes.
Além desses fatores, a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do boi em pé como um dos fatores que influenciaram no resultado.
A medida provisória do governo estadual, que reduz de 12% para 7% a alíquota do ICMS para operações interestaduais, visou dar fôlego ao setor durante a crise no setor pecuário brasileiro. O prazo para a redução encerra-se neste mês.
BEZERRO
Após a recuperação do preço da arroba, na segunda quinzena de agosto, a relação de troca entre boi gordo e bezerro rompeu a casa de duas unidades, segundo a Famasul.
“Ou seja, a venda de um boi gordo possibilitou ao pecuarista adquirir 2,07 bezerros, em média. 6,7% superior ao igual período de 2016 em que a venda de um boi gordo possibilitou comprar 1,94 bezerros”, informou.
ABATES
No mês passado, Mato Grosso do Sul abateu 275.422 cabeças e produziu 70,8 mil toneladas de carne. Os resultados, informou a Famasul, são inferiores aos registrados no mês de julho – quando os abates chegaram a 289.226, porém ainda superior aos registrados no igual período do ano passado.
Em 2016, foram abatidas 246.013 cabeças e produzidas 62,3 mil toneladas de carne, alta de 11,9% e 13,6%, respectivamente.
No acumulado do ano, o comportamento, informou a Famasul, é de retração ainda que leve, passando de 2.130 milhão de animais, de janeiro a agosto de 2016, para 2.112 milhões, neste ano.
A federação aponta para o aumento de abate de fêmeas. “Observando as categorias separadamente constata-se aumento no abate de fêmeas. As 965.615 cabeças abatidas foi 8,7% superior às 887.945 cabeças do acumulado de 2016. Enquanto o abate de machos apresentou queda em 7,6%”, informou.
JBS
Até o início deste mês, a projeção era que essa alta no preço da arroba se mantivesse nos próximos meses. Porém, a prisão de Wesley Batista, presidente da JBS, uma das empresas do grupo J&F, cercou o mercado de incertezas novamente.
Até o fim desta semana, pelo menos em Mato Grosso do Sul, os abates nas plantas frigoríficas do grupo foram mantidas normalmente.
Até o início deste mês, a projeção era que essa alta no preço da arroba se mantivesse nos próximos meses. Porém, a prisão de Wesley Batista, presidente da JBS, uma das empresas do grupo J&F, cercou o mercado de incertezas novamente.
Até o fim desta semana, pelo menos em Mato Grosso do Sul, os abates nas plantas frigoríficas do grupo foram mantidas normalmente.
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