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Pedreiro serial killer é condenado em mais um júri e penas chegam a 81 anos; esposa foi absolvida

MIDIAMAX/ Gabriel Neves e Renata Portela

Pedreiro serial killer é condenado em mais um júri e penas chegam a 81 anos; esposa foi absolvida
Cleber foi condenado a mais 18 anos e 6 meses (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Foi condenado a mais 18 anos e 6 meses de  o pedreiro Cleber de Souza Carvalho, 45 anos, acusado de 7 homicídios em Campo Grande. Ele foi a júri popular nesta quarta-feira (6) ao lado da esposa, Roselaine Gonçalves, que acabou absolvida do assassinato de José Leonel Ferreira, morto aos 61 anos em maio de 2020.

Em julgamento que durou aproximadamente 10 horas, Cleber acabou condenado mais uma vez, pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O júri foi presidido pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que definiu pena de 18 anos e 6 meses ao réu, após decisão do Conselho de Sentença.

Os jurados ainda determinaram a absolvição da esposa do pedreiro, Roselaine. No plenário, ela contou que acreditou no marido quando ele disse — após o crime — que tinha comprado a casa de José Leonel. O réu teria dito que o idoso tinha mudado do bairro.

Ela contou que ainda chegou a questionar o marido sobre os móveis que estavam na casa, mas o serial killer teria dito que a irmã de José iria buscar. Roselaine ainda relatou que ficou sabendo do crime quando a polícia chegou à residência, negando qualquer participação no assassinato.

A morte de José Leonel deu início à descoberta da série de assassinatos provocados pelo pedreiro. Ele já passou por 5 julgamentos e ainda aguarda outros dois. Somadas, as penas chegam a 81 anos e 6 meses.

Golpes de chibanca

Durante depoimento, Cleber falou que desferiu três golpes na cabeça de José Leonel, com uma chibanca que estava ao lado de uma máquina, já que achou que a vítima iria esfaqueá-lo após uma discussão que tiveram por causa de uma porta durante a reforma da casa.

Cleber revelou que os dois brigaram porque teriam feito um acordo, combinando que uma porta seria colocada para fazer a  das casas, já que o serial killer iria morar nos fundos. Porém, com esta separação, Leonel ficaria sem varanda.

Durante a reforma, a vítima acabou desistindo de separar a casa com a porta, o que gerou a briga. Logo após o assassinato, Cleber disse que saiu para tomar um caldo de peixe, voltando rapidamente para esconder o corpo, já que estava com medo de ser descoberto.

Irmã de Leonel desconfiou do pedreiro

 Eurides Ferreira contou que Cleber pegou o celular de José Leonel e passou a mandar mensagens para dois irmãos do idoso se passando por ele, mas como as mensagens eram muito desconexas, ela desconfiou e foi até a casa da vítima para saber o que estava acontecendo, quando descobriu que ele havia sido assassinado.

Apesar da filha de Cleber, ter sido colocada em liberdade, Eurides acredita que tanto a jovem como a esposa de Cleber tenham participado do crime, mesmo as duas negando. O corpo de Leonel só foi encontrado após a irmã procurar a DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) para relatar o desaparecimento do irmão.