É de Costa Rica, tida como a capital estadual do algodão e dos esportes de aventura, a 330 km de Campo Grande, que deve sair o nome do vice pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul na chapa do ex-governador André Puccinelli (MDB).
E mais: os emedebistas devem encarar a disputa com uma chapa pura, ou seja, só, sem aliança partidária.
Economista e empresário, Waldeli dos Santos Rosa, 61 anos, que ocupou por quatro mandatos a Prefeitura de Costa Rica, disse que já costura há algum tempo a ideia de concorrer ao lado de Puccinelli como vice na chapa emedebista.
Para ele, o desejo pela eleição, só se for pela disputa majoritária, a que concorre ao governo, vice ou Senado.
“Seria uma honra concorrer como vice do Puccinelli ou ao Senado.
Do contrário, posso atuar como companheiro de luta. Não serei candidato a deputado”, afirmou, convicto, o ex-prefeito.
No MDB, há um impasse quanto à escolha do pré-candidato ao Senado.
E a única vaga em jogo pertence à emedebista Simone Tebet, cujo mandato expira no fim de janeiro do ano que vem. Ela é pré-candidata à Presidência.
A direção regional do MDB informou na quinta-feira ao Correio do Estado que só escolhe um pré-candidato ao Senado depois de confirmada a candidatura da senadora à sucessão de Jair Bolsonaro (PL).
Waldeli, que entre uma questão e outra, na entrevista, repete que quer ser vice de Puccinelli, e isso tem sido debatido entre ele e o presidente regional da legenda, Junior Mochi, afirmou que se Simone, por alguma razão, desistir da Presidência e quiser retomar a ideia de concorrer à reeleição, que isso “seja resolvido em uma convenção do partido”.
“Simone pode participar da convenção, é um direito dela.
No momento, quero concorrer como vice.
Ou Senado, se não der como vice.
Vamos para convenção, ganhar ou perder faz parte do jogo”, sustentou o ex-prefeito.
SONHO GRANDE
Waldeli disse que o MDB, nas disputas proporcionais, trabalha para eleger de quatro a cinco deputados estaduais (hoje soma só dois) e duas vagas na Câmara Federal, onde agora não tem nenhuma.
Há a possibilidade de o MDB de Puccinelli, em nível nacional, unir-se às legendas União Brasil, PSDB e Cidadania. Caso seja firmada essa coligação, os partidos deverão se juntar a uma só candidatura e as siglas em questão brigarão por ela.
Como o PSDB, o União Brasil e o MDB já haviam anunciado, em MS, pré-candidaturas ao governo, a eventual aliança nacional não influencia nas eleições estaduais, conforme a regra eleitoral.
NO TRECHO
Waldeli Rosa contou que já “anda pelo Estado para conhecer os problemas e se tornar mais conhecido”, meio de fortalecer a ideia de se tornar vice na chapa de Puccinelli.
“Meu conhecimento em administração pública [4 mandatos de prefeito] me dá condição para lutar por este espaço [pré-candidatura a vice]”, afirmou.
ALIANÇA COM MARQUINHOS
Waldeli disse que meses atrás foi procurado pelo ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), que propôs a ele uma parceria durante as disputas eleitorais, mas que a rejeitou.
O ex-prefeito de Costa Rica disse que Marquinhos ofertou-lhe a coordenação de campanha do PSD na parte norte de MS, que concorresse a deputado federal ou, então, a uma vaga na majoritária (de vice ou que concorresse ao Senado).
O emedebista disse ter respondido a Marquinhos e apontado as razões do não. Explicou ao pré-candidato que participaria da eleição, mas do lado do MDB, seu partido.
CONCORRENTES
Pelo menos cinco partidos anunciaram até agora a intenção de disputar o governo de MS.
O União Brasil, com a pré-candidata Rose Modesto, deputado federal que era do PSDB; o ex-governador Zeca do PT renunciou a pré-candidatura, mas o partido informou que logo divulga o nome da (o) substituta (o); Eduardo Ridel concorre pelo PSDB; o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos, pelo PSD; e o ex-governador André Puccinelli, pelo MDB.
A assessoria do Capitão Contar disse que o deputado estadual é pré-candidato ao governo do Estado pelo PRTB.
FONTE correiodoestado