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Flagrou maus-tratos? Saiba o que fazer caso testemunhe crueldade animal em MS

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Cães resgatados por maus-tratos (Foto: Leonardo de França/ Jornal Midiamax e Divulgação/PMA)

Abandono, envenenamento,  por correntes ou cordas curtas e mutilação são algumas das mais comuns situações de maus-tratos vivenciadas por animais dentro da ‘própria casa’ — um lugar que deveria ser de acolhimento.

A denúncia de maus-tratos está prevista no Art. 32, da Lei Federal nº 9.605, de 1998, na Lei de Crimes Ambientais, ou seja, há 24 anos os animais são amparados perante a Justiça. Entram nesse rol também a falta de manutenção em lugar anti-higiênico, prisão do animal em espaço em desacordo com o porte ou em local sem iluminação e ventilação.

Moradora de Campo Grande, de 32 anos, tem visto os maus-tratos e abandono de um cachorro de perto. O animal vive sujo e sozinho na residência, em ambiente sem manutenção. “Eles [proprietários] se mudaram e ele fica aqui sozinho, de vez em quando alguém vem e coloca ração e água para ele. Porém, de vez em quando”, relata.

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Cão vítima de maus-tratos em Campo Grande (Foto: Fala Povo/ Jornal Midiamax)

Como denunciar maus-tratos?

 (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) é responsável pelos crimes de natureza ambiental, em Campo Grande, assim como a PMA (Polícia Militar Ambiental).

Conforme o delegado Maércio Barbosa, da Decat, a pessoa que flagrar um caso de maus-tratos deve denunciar ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

Procurada, a  (Secretaria Municipal de Saúde) — responsável pelo CCZ — informou que é necessário ir até o Centro de Controle com alguns dados da pessoa responsável pelo crime. Placas de veículo, endereço do animal ou outras informações que permitem a identificação do autor.

A instituição vai autuar o infrator, bem como encaminhar denúncia à Decat. O ato também é uma infração à lei municipal, além de abandono ser crime previsto em lei federal.

“Em relação a receber o animal abandonado no CCZ, deve-se levar em consideração a disponibilidade de acolhimento em relação aos canis e/ou gatis, pois o centro também deve manter as condições adequadas de abrigo dos animais sob sua tutela, não sendo possível, desta forma, garantir o recolhimento do animal abandonado, caso ele já tenha sido socorrido por outra pessoa”, diz nota encaminhada à reportagem.

Em todo o MS

A PMA tem abrangência em todo o Estado e, segundo o órgão, quem flagrar o crime deve tentar pegar placa de veículo, ou característica de quem abandona — se não for veículo —, e ligar com urgência para o 190, que o atendente acionará a viatura mais próxima. O número da PMA na Capital é (67) 3357-1500 ou (67) 9 9984-5013.

Além disso, quem estiver em outras cidades de MS pode entrar em contato com as Subunidades espalhadas pelo Estado. Os contatos estão na tabela abaixo:

Município Telefone
Aquidauana (67) 3904-2070
Anaurilândia (67) 9 9987-7247
Amambai (67) 9 9987-8939
Aparecida do Taboado (67) 9 9911-8640
Bataguassu (67) 3541-9137
Batayporã (67) 3443-1095
Bela Vista (67) 3439-1769
Buraco das Piranhas (67) 3231-4444
Bonito (67) 3255-1247
Cassilândia (67) 3596-3405
Corumbá (67) 3907-5461
Costa Rica (67) 3247-5871
Coxim (67) 3908-6060
Dourados (67) 3428-0384
GPMA BR-262, km 482 (Anastácio) (67) 9 9994-6477
GPMA – Cachoeira do APA (Porto Murtinho) (67) 9 9617-1476
GPMA KM 21 (Bonito) (67) 3255-4961
Jardim (67) 3251-2043
Miranda (67) 3242-4344
Mundo Novo (67) 3474-1751
Naviraí (67) 3461-5232
Porto Murtinho (67) 3287-1360
Rio Negro pmarionegroms@gmail.com
São Gabriel do Oeste (67) 3295-3094
Três Lagoas (67) 3929-1360

Me adota?

Aguardando por um novo lar, 23 cães resgatados de situação extrema de maus-tratos pela polícia foram colocados disponíveis em feira de adoção, no sábado (14), em Campo Grande.

Segundo o delegado da Decat, os animais estão abrigados em uma ONG e é importante que eles encontrem um novo tutor para possibilitar o resgate de novos cães pela instituição.

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Animais colocados para adoção (Foto: Reprodução/ONG Cão Feliz)