A Polícia Federal encontrou com o jovem de 21 anos, preso nesta terça-feira (27) durante a Operação Cabrera, 400 arquivos de vídeos de pornografia infantil, pelo menos 60 deles tinham bebês como vítimas de abuso sexual. O jovem, detido no bairro Monte Castelo, permanece preso na sede da PF.
Responsável pela operação, o delegado Marcelo Alexandrino revelou que o jovem pertence a uma família de classe média e que até o momento não foi classificado como abusador, no entanto, a posse e compartilhamento dos vídeos pornográficos já configura crime.
Ainda segundo o delegado, o jovem tinha acesso a um sobrinho menor de idade, e já foi descoberto que imagens do menino apenas de shorts foram compartilhadas pelo jovem com amigos com quem mantinha conversas pornográficas.
Em relação aos 400 vídeos encontrados no celular e computador do pedófilo, o delegado afirma que em nenhum deles foi encontrado imagens do jovem praticando abusos. Por armazenar e compartilhar os vídeos, o jovem responderá por crimes que podem somar até 10 anos de detenção.
Delegado regional da PF, Cleo Mazzoti afirma que os policiais chegaram até o jovem depois de informações obtidas por meio de banco de dados compartilhado entre a PF brasileira e a polícia americana.
“Todo o arquivo que vai para internet ganha uma identificação (hash) essa identificação vai para o banco de dados, e lá é classificada como material de pornografia ou não, por meio disso é que chegamos aos criminosos”, afirma.
Responsável pela operação, Alexandrino afirmou que desde que o trabalho de “caça aos pedófilos” iniciou, houve queda no registro de crimes e que muitos pedófilos decidiram migrar de aplicativos de download de vídeos e outros até deixaram de praticar os crimes.Audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (28) deve decidir se o jovem de 21 anos permanecerá ou não preso.
Outro mandado de prisão que também foi expedido pela Justiça no âmbito da Operação Cabrera deixou de ser cumprido porque os agentes não encontraram, em uma segunda residência, material pornográfico que incriminasse o dono da casa.
midiamax.