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CHURRASCARIA

Paciente espera cinco horas por consulta, discute com médica e caso acaba na polícia

O atendimento médico em uma UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) acabou virando caso de polícia após a médica Karla Marques de Mello Rodrigues, 28 anos, e a paciente Valdelice da Silva Neto, 39 anos, brigarem durante a consulta. O caso aconteceu em Anastácio, distante 140 quilômetros da Capital.

Segundo a paciente, ela foi até a UBSF um dia antes, quando o atendimento foi suspenso e só avisaram após algumas horas de espera. “Fui no outro dia, cheguei as 10h com uma dor de cabeça intensa. Ela chegou era 13h30 e entrou sem sequer dar boa tarde. Entrou para a sala da enfermagem e, quando já estava perto das 15h, bati na porta e as duas estavam no celular papeando”, contou.

A dona de casa conta que só queria trocar a receita, pois o primeiro medicamento que foi receitado era muito caro e ela não tinha condições de comprar. “Ela gritou comigo, mandou eu calar a boca, ela foi na polícia e me acusou de várias coisas, de jogar as coisas no rosto dela. Eu sou ignorante, mas não gritei com ela, porque ainda pedi desculpas para ela, porque ela tem nojo de encostar na gente”, conta com fala simples.

“Ela disse que não ia me atender, eu fiquei muito nervosa, sou pernambucana, avexada e, com muita dor de cabeça, fiquei nervosa. Mas em nenhum momento eu agredi ela, xinguei ou fiz qualquer coisa. Pedi para ela retirar a queixa, porque essa atitude de sujar meu nome. Nunca passei por isso na vida”, lamenta.

Valdelice afirmou que é um descaso idosos, pessoas com dores, estarem em fila esperando. “E quando a gente abre a porta, depois de quatro, cinco horas esperando uma está no computador e outra no WhatsApp. Isso é revoltante”.  Agora, Valdelice teme que o registro do boletim de ocorrência a atrapalhe para trabalhar.

Outro lado

A médica fez um boletim de ocorrência na delegacia onde afirmou que estava em reunião com a enfermeira do local e que teria sido intimidada e ameaçada pela paciente durante o atendimento.

O registro policial aponta que a médica mandou a paciente procurar a emergência e que teria então sido atacada com os papéis, que seriam exames e receitas. Ainda de acordo com o que ela narrou, após a discussão, a paciente teria dito que era “bom não desmerecer, senão você já sabe”, fazendo isso em tom de ameaça e por isso ela teme pela integridade física dela.

 

 

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