Um cordão de fita com desenhos de girassóis poderá ser utilizado em Costa Rica como símbolo para a identificação das pessoas com deficiências ocultas, aquelas que não podem ser observadas de imediato, como é o caso da surdez, transtorno do espectro autista, algumas deficiências intelectuais, entre outras.
Esse é o objetivo do Projeto de Lei n° 496 proposto pela vereadora Manuelina e aprovado pela Câmara na sessão do dia 06 de novembro.
Muitas deficiências podem não ser percebidas pela maioria das pessoas à primeira vista, no dia a dia, o que causa transtornos e desconfortos. É o típico exemplo de quem tenta puxar assunto com um surdo sem saber da surdez da pessoa.
Para a professora manuelina, o uso da fita de girassol proporciona uma maneira discreta, porém eficaz de identificar e respeitar as pessoas com deficiência ocultas em Costa Rica.
“O objetivo é realmente facilitar a identificação das pessoas. Essas deficiências invisíveis, como o transtorno do espectro autista, transtornos de ansiedade, transtorno de Déficit de atenção e hiperatividade, transtornos de humor, doenças crônicas, problemas de saúde mental e outras deficiências que não são visíveis aos olhos”, disse.
De acordo com o projeto de lei proposto por Manuelina, o cordão de girassol poderá ser utilizado em roupas, acessórios, documentos pessoais e outros considerados apropriados para a identificação das pessoas com deficiências ocultas.
Além disso, o projeto também prevê que o uso do cordão de girassol deverá ser incentivado nas escolas públicas municipais e demais órgãos públicos, como forma de apoio e inclusão às pessoas com deficiências ocultas.
Segundo o projeto, campanhas de conscientização, identificação e informação sobre o uso do cordão de girassol deverão ser promovidas pelo Poder Executivo Municipal.
A proposição também autoriza a Prefeitura a distribuir o cordão gratuitamente para os interessados. Conforme a professora, quem usar o cordão terá direito a atendimento preferencial em estabelecimentos comerciais e públicos, como nas filas de bancos, de supermercados e de farmácias, além de poder utilizar vagas preferenciais em cadeiras de espera e estacionamentos.
“Eu quero aqui citar o exemplo de um autista num supermercado, por exemplo, que é um lugar extremamente desconfortável para o autista. Locais onde tem muitas luzes, tem som alto, diferentes aromas podem se tornar um pesadelo para essas pessoas. Então, de repente, passar à frente de uma fila vai evitar um constrangimento para a pessoa e até para os familiares”, finalizou.
O projeto de lei foi aprovado pela Câmara na 37º sessão, sem nenhum voto contrário, mas só entrará em vigor após a sanção do prefeito Cleverson.
Fonte: Ademilson Lopes / Foto: Internet