Consideradas as projeções efetuadas pela APINCO a partir da produção de pintos de corte, em setembro passado pode ter sido registrada a menor oferta interna de carne de frango desde meados de 2014. Isso ajuda a explicar, por exemplo, a reação do frango abatido no mês e, sobretudo, a alta do frango vivo no final de setembro, após seis meses de preços inalterados.
Pelos parâmetros adotados (viabilidade de 96% dos pintos alojados e peso médio, da ave abatida, de 2,350 kg para o mercado interno e de 1,350 kg para o mercado externo), a APINCO concluiu que a produção de carne de frango de setembro passado foi pouco além de 1,060 milhão de toneladas, resultado não muito diferente do registrado em junho (1,062 milhão/t), mas ainda superior, por exemplo, ao 1,035 milhão de toneladas de novembro de 2016.
O que mudou, aí, foram as exportações que, em setembro, atingiram o segundo maior volume dos últimos 12 meses, ficando significativamente acima do que se atingiu em junho último ou em novembro do ano passado.
Isso fez com que a oferta interna aparente do mês retrocedesse para 680,5 mil toneladas, volume que, nos últimos tempos, supera apenas as 671.383 toneladas registradas em abril de 2014.
A ressalvar que – conforme indicações do próprio setor produtivo – o rendimento médio proporcionado pelas linhagens atualmente em criação tem superado os padrões (fixos) adotados pela APINCO e, assim, a produção efetiva de carne de frango e a consequente disponibilidade interna (após deduzidas as exportações) podem ter sido maiores que as apontadas na presente projeção.
Mesmo isso, porém, não invalida a constatação de que a oferta interna vem sendo menor que a de meses anteriores.