Os donos da empresa Continental Transportadora, que atuam em Aparecida do Taboado, distante 457 quilômetros de Campo Grande, moram em Ribeirão Preto, São Paulo, e foram alvos da Operação Bolsão II, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nesta segunda-feira (18).
No endereço, onde funcionaria a sede administrativa da empresa e também a casa do proprietário, foram recolhidos documentos, segundo o Gaeco de São Paulo. A sede logística da empresa fica em Mato Grosso do Sul.
Ainda segundo informações da investigação, o empresário dirige-se semanalmente para Aparecida do Taboado para gerenciar a empresa.
De acordo com a assessoria do MPE-MS (Ministério Público Estadual), os agentes do Gaeco cumprem mandados nas cidades sul-mato-grossenses de Paranaíba e Aparecida do Taboado, na região do Bolsão, e no município paulista de Ribeirão Preto.
Além de lavagem de dinheiro e corrupção, os promotores apuram a suposta prática dos crimes organização criminosa e concussão, que é o delito praticado funcionário público, em que este exige, para si ou para outrem, vantagem indevida, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela.
1ª fase
Na primeira fase da Operação, deflagrada em fevereiro deste ano, dois auditores fiscais da Sefaz- MS (Secretaria de Estado de Fazenda) integravam a relação de investigados no suposto esquema de cobrança de propina para liberação de benefícios ou ‘alívio’ no pagamento de multas e impostos.
Na ocasião, o Gaeco cumpriu mandados de buscas em residências, escritórios de contabilidade e Agências Fazendárias do Estado de MS, incluindo a sede da Secretaria de Estado de Receita e Controle da cidade Paranaíba. Ao todo foram 16 mandatos, dos quais quatro de prisão temporária e seis de condução coercitiva, entre eles dois auditores fiscais.
Midiamax