Resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que permite o autofinanciamento de campanhas eleitorais, medida que pode ser imposta na eleição de outubro e vem como principal novidade do pleito, em parte, já é aplicada por políticos de Mato Grosso do Sul. A proposta do tribunal autoriza os candidatos a financiarem 100% de suas campanhas com recursos próprios. Esta regra pode mudar até 5 de março.
Nas eleições de 2014, por exemplo, o governador Reinaldo Azambuja, do PSDB, segundo dados do TSE, arrecadou R$ 25,3 milhões, dos quais perto de meio milhão de reais, saiu de seu bolso. O atual governador de MS tem declarado um dos maiores patrimônios entre políticos brasileiros.
Dois anos antes, em 2012, Azambuja perdeu a disputa pela prefeitura de Campo Grande. Naquela eleição, o governador, diz o TSE, transferiu R$ 100 mil de sua conta para a campanha, que arrecadou R$ 4,4 milhões.
Ainda na eleição de 2012, vencida pelo ex-prefeito Alcides Bernal, do PP, somente Azambuja e o deputado federal Vander Loubet, do PT, outro concorrente, gastaram com suas campanhas. Loubet declarou ao Tribunal Regional Eleitoral ter transferido R$ 184 mil à sua campanha, cujo gasto total foi de R$ 2,4 milhões.
A campanha do ex-deputado federal Edson Giroto, que disputou a prefeitura pelo PR, foi a mais cara: R$ 9,9 milhões. Giroto não tirou um centavo do bolso à época, segundo levantamento do TRE. A campanha de Bernal, que também não mexeu no bolso, custou R$ 1,9 milhão.
Retomando à eleição de 2014, vencida por Azambuja, seu principal adversário, o ex-senador Delcídio do Amaral, que era do PT, doou para si próprio R$ 15 mil. A campanha do petista custou R$ 24,5 milhões.
A campanha do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, do PTB, que nem alcançou o segundo turno na disputa de 2014, custou R$ 8,7 milhões. De acordo com balanço do TRE, Nelsinho gastou R$ 20 mil.
Nas eleições deste ano, por determinação do TSE, a campanha para a disputa pelo governo varia de R$ 2,8 milhões a R$ 21 milhões, de acordo com o número de eleitores de cada estado. Num eventual segundo turno, o limite será 50% do estabelecido no primeiro turno.
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