O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, pré-candidato ao governo pelo MDB, manifestou nesta segunda-feira (19), o desejo de definir o nome do candidato a vice-governador em sua chapa.
A confirmação deve ocorrer em abril quando encerra o prazo do registro de candidatura. Em visita ao jornal O Estado, Puccinelli citou o senador Waldemar Moka e o prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa, como nomes que mais agradam nesta disputa.
Para falar sobre a composição da chapa, Puccinelli recordou uma passagem da carreira política quando era deputado estadual, que foi escolhido como candidato a vice-prefeito em Fátima do Sul, por falta de opção. “Existia um dispositivo na Constituição que o deputado que concorrer a vice e se eleger poderá fazer a opção. Como não encontraram ninguém na chapa do (João) Giraldeli entrei como contrarregra”, diz ao afirmar que o nome do vice deixou de ser apenas figurante nas eleições.
Puccinelli classificou o MDB como a noiva mais cobiçada. “Está chovendo. É preciso avaliar bem. Pode ser um nome que vem de Dourados ou às vezes do Waldeli (Dos Santos), de Costa Rica. O próprio Moka ou uma mulher que fosse ativista política que fechasse a figura feminina. Temos uma diversidade de A a Z e de regiões”, afirmou.
O ex-governador esteve no fim de semana em Naviraí e Nova Andradina nos encontros regionais promovido pelo partido. Pelas caminhadas feitas no interior, Puccinelli tem surpreendido pela receptividade não só da classe política, mas da população em geral e das entidades beneficente e filantrópica.
Confira trecho da entrevista com ex-governador André Puccinelli:
O Estado – André, senhor estava neste fim de semana em Nova Andradina Encontro Regional. Como está sendo este contato com o público principalmente do interior. Sente na rua um pedido para voltar ao Governo?
Puccinelli – Surpreendentemente a receptividade tem sido acima das expectativas. Não só classe política tem participado, nós temos pedidos de entidades por exemplos, Rotary, Lions, Apae, Câmara Municipal e Associação Comercial. Chamamos a todos. Não é um lançamento de pré-candidatura. Por que ela já foi aceita. O partido insistiu para que fosse candidato e eu aceitei. Mas isso é para ouvir a população. Para que ela nos diga por meio de formulário e também pela internet quais as plataformas de governo a seguir.
O Estado – Diga que na política tudo é possível. Acredita q o Azambuja e Odilon podem se unir antes e Odilon sair para o Senado? Ou você é versa.
Puccinelli – Tudo na política pode. Pode o Odilon ir para senador ou vice do Reinaldo. Poder pode, mas tem que perguntar se ele quer. O Reinaldo ser senador do Odilon ou da minha chapa, também pode. Eu creio que vamos ter três candidatos. O doutor Odilon, candidato de PDT do Ciro Gomes e de Dagoberto Nogueira. Reinaldo Azambuja, do PSDB, e do André, do MDB. Eu creio que estes três não recuarão. O PT provavelmente terá candidato e alguns outros partidos deverão lançarem mais nomes. Quanto mais candidato é melhor para democracia.
O Estado – Muito se falou sobre a questão do Aquário. O que tem de verdade e mentira nesta história?
Puccinelli – Vou usar documentos dos próprios Governo atual para respondê-lo. Quem dizer que o Aquário do Pantanal que custaria mais de R$ 176 milhões. É mentiroso. Se fosse terminado quando nós deixarmos o governo tinha dinheiro em conta e aditivo de prazo até o fim de abril de 2015. Ele custaria R$ 176 milhões. De R$ 84 milhões foi para R$ 176 milhões. Há motivos. Vou dar um exemplo, quando compra apartamento tem imóveis dentro? Já tem ar-condicionado funcionando? Não né. O prédio de R$ 84 milhões foi para R$ 176 milhões por causa dos quatro anos. Tudo foi legal e comprovado.
O investimento era para deixar funcionando já quatro laboratórios, era para ter feito o reordenamento do trânsito da Afonso Pena; e colocado o sistema de sustentação a vida dos peixes para não morresse. Isso custaria outros R$ 53 milhões. Os R$ 84 milhões era para erguer o prédio. Deixamos todo o dinheiro em caixa. O Aquário custaria R$ 176 milhões se terminasse a tempo, não foi feito por birra.
O Estado – Algo muito destacado na sua gestão era o pagamento dos servidores sempre ser no dia 1° útil. Existe muita dificuldade para manter a folha salarial em dia?
Puccinelli – Nós adotamos isso quando iniciamos o Governo. Nós pagamos o primeiro salário em 10 de janeiro de 2007, porque levamos dez dias para juntar o dinheiro. Depois pagamos no 5° dia útil e mais tarde seguimos como eu fiz na Prefeitura sempre no primeiro dia do mês. Isso é uma obrigação.
O servidor trabalha o mês inteiro. Muitos recebem salários pequenos. Tem que pagar no 1°. Isso era norma. Dia primeiro de cada mês tem que ser sagrado, servidor ir na caixa e saber que o salário está na conta. Mantém a folha em dia é o mínimo. Governo não foi feito apenas para pagar a folha, mas também ter um bom custeio. Prestar bom serviço a sociedade.
Tem que ter dinheiro para que a máquina pública funciona de maneira boa e ainda sobrar dinheiro para fazer investimento. Nós fizemos, entregamos 60 mil casas e deixamos contratos para mais 12 mil. Nós construímos novas estradas e além da recapeada no total de 3,6 mil km. Além disso, tínhamos 100 mil pessoas assistência social. O Vale Renda era 60 mil pessoas e dava prêmios nas escolas. Pergunto por que agora não tem mais?
http://www.oe10.com.br/