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CHURRASCARIA

Condenado a 17 anos por peculato, publicitário prestou consultoria ao Governo Azambuja

.ojacare.com.br

Condenado a 17 anos e cinco meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no “Mensalão Tucano”, o jornalista e publicitário Eduardo Guedes prestou consultoria ao Governo de Reinaldo Azambuja (PSDB).

Na campanha eleitoral de 2014, ele atuou como consultor contratado pelo diretório regional do partido, na época, comandado pelo conselheiro Márcio Monteiro.

Principal marqueteiro do senador Aécio Neves (PSDB), Guedes foi condenado nesta semana pela juíza Lucimeire Rocha, da 9ª Vara de Belo Horizonte. Ele é acusado de receber R$ 3,5 milhões por meio de supostos patrocínios para a campanha de Eduardo Azeredo (PSDB).

O esquema foi revelado pelo empresário Marcos Valério, condenado no Mensalão do PT.

Apesar de já ter sido condenado, em segunda instância, a 20 anos de prisão em regime fechado pelo escândalo ocorrido em 1998, Azeredo continua em liberdade e terá o recurso julgado no dia 24 deste mês pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Conforme a denúncia, o dinheiro para pagar Guedes foi desviado das companhias de saneamento (Copasa), de mineração (Comig) e do Banco Estadual (Bemge).

Eles simularam patrocínio para três eventos esportivos.

Eduardo Guedes participou da campanha vitoriosa de Reinaldo em 2014, quando o tucano derrotou o senador Delcídio do Amaral.

No entanto, segundo a assessoria, ele foi contratado como consultor a pedido do ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, já falecido.

O coordenador do marketing político foi Rodrigo Mendes Ribeiro, que acabou nomeado para o cargo de subsecretário de Comunicação, com salário de R$ 24 mil.

Ele acabou substituído pelo jornalista Francisco Vitório, um prata da casa e natural de Porto Murtinho.

No entanto, conforme a nota, Guedes continuou como consultor da Governo Estadual na área de “serviços de gestão de crise de imagem”.

No entanto, como não foi esclarecido como ele acabou sendo remunerado pela prestação de serviço, já que não houve “contrato permanente”.

Conforme nota do blog do jornalista Marco Eusébio, postada em 4 de dezembro de 2012, Eduardo Guedes foi o marqueteiro da campanha de Reinaldo na disputa da Prefeitura de Campo Grande.

Na época, por um triz, o tucano perdeu a vaga no segundo turno para o então deputado federal Edson Giroto (PMDB). Alcides Bernal (PP) ganhou no segundo turno.

Guedes poderá recorrer da sentença em liberdade. Ele negou que tenha cometido os crimes.

Em nota encaminhada ao G1, o advogado do ex-secretário adjunto de Comunicação de Minas Gerais, Sânzio Baioneta, alegou que Guedes não participou da campanha de 1998, não era filiado a partido político e não tinha nenhum poder de determinação sobre as estatais e “muito menos o de liberar patrocínios ou ordenar despesas destas”.

Confira a nota do Governo sobre o publicitário

ESCLARECIMENTO À IMPRENSA:

Rodrigo Mendes Ribeiro foi o profissional de comunicação responsável pelo desenvolvimento do marketing político da campanha vitoriosa do governador Reinaldo Azambuja, em 2014. Além do comando do marketing na disputa, Mendes Ribeiro assumiu, em seguida, a responsabilidade de condução da comunicação do governo eleito, ocupando o cargo de subsecretário de Comunicação Social do Governo de Mato Grosso do Sul. 

A título de esclarecimento, o jornalista Eduardo Guedes foi consultor do PSDB/ MS, indicado pelo ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra.

No curso do governo, o profissional prestou serviços de consultoria, na área de serviços de gestão de crise de imagem, não tendo ocupado cargos ou estabelecido contrato permanente com a área de comunicação.”