Sem espaço na composição da chapa majoritária montada pelo PSDB, o DEM deve anunciar nos próximos dias apoio à candidatura do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, indicando como candidato a vice o deputado federal Luiz Henrique Mandetta e o ex-prefeito de Dourados e presidente regional do partido, Murilo Zauith ao Senado.
Uma das principais lideranças do partido no Estado, o deputado estadual Zé Teixeira pedirá votos para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em campanha “solo”.
Aliás, Zé Teixeira, que é primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, já havia anunciado publicamente o desejo de trabalhar em favor da reeleição de Azambuja, antes mesmo da definição do DEM, que marchará dividido na campanha eleitoral deste ano.
“Eu vou ficar com ele (Reinaldo) em qualquer hipótese”, comprometeu-se, Zé Teixeira durante o lançamento de sua pré-candidatura à reeleição no último dia 4 no Hotel Jandaia, em Campo Grande, onde reuniu uma platéia formada em sua maioria por formadores de opinião, amigos e simpatizantes.
O DEM estava sendo disputado pelos comandos das campanhas tucana e emedebista, chegando a dialogar com todos, inclusive com dirigentes do PDT, que tem como pré-candidato ao governo do Estado, o juiz aposentado Odilon de Oliveira.
Esta semana, Murilo disse a setores da imprensa que a chapa de candidatos à Câmara Federal pelo PSDB estava congestionada, sendo impossível selar um acordo de aliança para contemplar correligionários, no caso de Mandetta e da também deputada Tereza Cristina, em pré-campanha à reeleição.
NACIONAL
Alcançando apenas 1% nas pesquisas eleitorais, o presidente da Câmara e pré-candidato ao Planalto pelo DEM, Rodrigo Maia (RJ), admite, entre aliados, desistir da candidatura.
O rumo a ser tomando pela cúpula regional do DEM, no entanto, destoa dos interesses do comando nacional do partido que descarta qualquer possibilidade de apoiar o candidato do MDB, cujo líder principal é o presidente Michel Temer (MDB-SP).
Até agora, o pré-candidato do MDB é o ex-ministro Henrique Meirelles, atualmente distante de qualquer aliança com o DEM, que, apesar do desejo de Maia, flerta com ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), pré-candidato tucano ao Planalto.
Ainda não se sabe se a cúpula do DEM recomendará apoio nos estados aos candidatos tucanos na eventualidade de ficar com Alckmin no plano nacional, o que dificultaria as negociações em nível de Mato Grosso do Sul entre Murilo e André Puccinelli.
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