Paulo Roberto Rossini, delegado de Polícia Civil aposentado de Mato Grosso do Sul, foi um dos 21 presos em uma operação da Polícia Federal, deflagrada no dia 29 de novembro, contra o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional em cinco estados do país.
Ele foi preso em Campo Grande e enviado para o Rio Grande do Sul, onde a ação teve início.
O crime atribuído a Rossini, que hoje é advogado, não foi divulgado. Ele foi preso em casa no âmbito da Operação Plannus, mas alegou que nos fundos havia seu escritório de advocacia. Por isso, acionou a Comissão de Defesa das Prerrogativas dos Advogados da OAB/MS, que acompanhou o caso.
O mandado de prisão e busca e apreensão contra Rossini foi expedido pela justiça do Rio Grande do Sul. Ele foi transferido ainda no omingo . Ainda segundo a PF, ao grupo criminoso é atribuído o envio de 2,2 toneladas de cocaína do Brasil para a Europa, em blocos de concreto. A organização criminosa movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão nos últimos três anos.
Prisões
A operação da PF abrangeu 17 cidades de cinco estados – Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Em MS, a Superintendência da PF disse que houve seis locais de mandados de busca em Campo Grande, um em Fátima do Sul e um em Caarapó.
Conforme o superintendente de Polícia Federal do RS, Alexandre da Silveira Isbarrola, esse seria um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas do estado.
Uma das aeronaves apreendidas em MS. (Foto: Divulgação PF)
No dia da deflagração, a PF cumpriu 21 dos 23 mandados de prisão. Os agentes também tinham 40 pedidos de busca e apreensão para sequestro e bloqueio de imóveis, fazendas, aeronaves, embarcações, veículos e contas bancárias, estimados em mais de R$ 25 milhões.
Em Mato Grosso do Sul, houve quatro prisões, todas em Campo Grande. Também foram apreendidos seis aviões agrícolas.
Os traficantes usavam doleiros em São Paulo para o pagamento das transações do tráfico de drogas no exterior. A organização criminosa movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão nos últimos três anos.
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