Inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acelerou no terceiro mês do ano em Campo Grande e fechou em 0,70%, frente a 0,52% registrados em fevereiro.
Forte alta de preços em legumes e verduras, além do aumento dos combustíveis, contribuíram para pressionar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Capital sul-mato-grossense.
Apesar do aumento, Campo Grande apresentou a quinta menor taxa de inflação em março dentre as regiões pesquisadas. No ano, o indicador chegou a 1,42% em Campo Grande, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses totalizou 4,49%.
Dentre os nove grupos que compõem o índice, seis apresentaram elevação no mês passado, segundo o IBGE.
O destaque foi alimentação e bebidas, que registrou alta de 1,79%, em decorrência principalmente de itens do grupo tubérculos, raízes e legumes (que ficaram 40,23% mais caros) e hortaliças e verduras (nos quais a majoração foi de 13,78%).
O grupo transportes teve variação de 1,11%, em consequência do aumento de preços dos combustíveis (+2,24%).
Para o grupo despesas pessoais, a alta foi de 0,35%, tendo como contribuições o aumento de custos de recreação (0,44%) e serviços pessoais (0,35%).
Já em educação, a elevação de 0,74% no mês foi reflexo principalmente dos custos com papelaria, que aumentaram 1,76%. Ainda conforme o IBGE, apresentaram menores altas os grupos artigos de residência (0,11%) e habitação (0,01%).
As deflações ficaram por conta dos grupos vestuário — que apresentou variação de -0,22%, devido à queda de preços em roupas infantis (-2,21%) —, saúde e cuidados pessoais — com retração de -0,07%, resultado das quedas de preços em produtos óticos (-2,56%) e produtos farmacêuticos (-1,86%) — e comunicação, com queda de -0,26%.
Brasil
No país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,75% e ficou 0,32 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de fevereiro (0,43%). Esta foi a maior taxa para um mês de março desde março de 2015 (1,32%), segundo o IBGE.
A variação acumulada no ano foi de 1,51%, a maior para o período desde 2016 (2,62%). O acumulado dos últimos doze meses foi para 4,58%, contra os 3,89% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2018, a taxa foi de 0,09%.