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CCJR mantém veto a projeto de lei que proibia erotização nas escolas de MS

fonte midiamax

Paulo Duarte foi relator na CCJR do veto ao projeto de lei
Paulo Duarte foi relator na CCJR do veto ao projeto de lei – Reprodução

Veto total ao projeto de lei 231/2019 de autoria do deputado  (PRTB), que proibia a erotização através de danças nas escolas de Mato Grosso do Sul, foi mantido pela CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), em análise nesta quarta-feira (27).

Na Comissão, Paulo Duarte (PSB) foi o relator. Ele leu o veto total do Poder Executivo ao projeto de lei que gerou debate na mas aprovado em março deste ano pela maioria dos parlamentares.

Sendo assim, com o veto, Duarte ponderou haver muitas dúvidas levantadas e não respondidas na proposta. “Um exemplo, a que se voltaria o comando proibitivo, estilos e ritmos inteiros poderiam ser suprimidos para dar cumprimento às regras?”, perguntou.

Ainda segundo a relatoria, foi questionado de quem seria a decisão de proibir as danças nas escolas. “De um ou de vários para analisar a proibição? Cada escola tomaria sua própria decisão? A possibilidade de cada escola sobre o que poderia ou não ser permitido, poderia dar divergência entre as redes e âmbitos de ensinos”.

O relator do veto disse que devido à contrariedade aos comandos de liberdade artísticas, o emprego da arte e dança no âmbito escolar, seria comprometido. “As regras da educação deveriam contar com a participação de profissionais especializados. A concepção de gestão democrática no ensino decorre da Carta Magna e com isso, o assunto deve ser abordado com mais profundidade do que foi apresentado”.

Por fim, Duarte disse entender pela manutenção do veto jurídico. “Há ausência de gestão democrática, pela desvalorização do professor e possivel perseguição acadêmica”.

Os demais membros da comissão, Evander Vendramini (PP),  (Podemos) e Barbosinha (PP), seguiram o voto do relator. Segundo Rinaldo, a CCJR analisa a questão jurídica. “Os professores têm responsabilidade e temos que confiar na figura dos diretores, coordenadores e professores”.

Barbosinha defendeu ser subjetivo atribuir qual dança e atividade tem conteúdo de sexualização precoce. “É importante acreditar no ambiente escolar e nos pais”.

Projeto de lei

Protocolado em 2019 por Contar na Assembleia Legislativa, o projeto causou grande repercussão entre os parlamentares e também entre professores e a classe artística. Para passar pela CCJR, a proposta precisou ser adequada e com emenda substitutiva, o projeto dava competência ao professor adequar as danças. Com a mudança, o projeto visava conscientizar, chamava atenção para o exagero.