O etanol, que vigora como alternativa à gasolina para os carros flex, registrou novo aumento nesta semana, após sucessivos reajustes e vem ficando mais caro desde o começo de março, em Mato Grosso do Sul. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do combustível saiu de R$ 4,92 em 06/03 para R$ 5,57 na semana passada.
Os dados desta semana da ANP ainda não estão consolidados, mas segundo o diretor executivo do Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de MS), Edson Lazarotto, o Etanol teve reajuste de 32% nos últimos dias.
“Isso impacta diretamente no custo final da gasolina, pois o álcool anidro tem 27% na composição da gasolina. Com esse aumento o etanol deixou de ser competitivo, pois o percentual de 70% entre o preço da gasolina e etanol, fica prejudicado”, explica ele ao Jornal Midiamax.
Isso porque os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Esse aumento é uma realidade que atinge todo o Brasil.
Mesmo com o reajuste no preço, o etanol ainda é mais barato que a gasolina. Em MS, na semana entre 17 e 23 de março, o preço médio estava em R$ 5,57, enquanto o da gasolina bateu os R$ 7.
Em Campo Grande, o preço do etanol já chegou a R$ 5,79 em alguns postos da bandeira Ipiranga, nos bairros Cidade Morena, Aero Rancho e Tiradentes.
Conforme apontou reportagem da revista Veja, o preço mais baixo não apresenta necessária vantagem, pois a gasolina rende mais que o álcool.
Seguindo o padrão de análise do Inmet (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), o litro do etanol rende cerca de 70% da mesma quantidade de gasolina.
Na safra de 2021/2022, na região Centro-Sul, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) aponta para a redução de 13,36% na produção de etanol de cana-de-açúcar em relação à safra anterior, segundo relatório técnico.
A cana-de-açúcar é a principal matéria-prima do etanol. A redução na produção levou à diminuição na oferta do etanol, e, consequentemente, ao aumento dos preços, de acordo com a Veja.
jornalista responsável : Sadib de Oliveira
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