Previstos para serem instalados durante o período de pandemia, os 135 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) serão instalados em Campo Grande e em outros seis municípios de Mato Grosso do Sul. A distribuição da estrutura, necessária para atender pacientes graves vítimas do novo coronavírus,foi divulgada na tarde desta quarta-feira, pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.
A primeira morte pela covid-19, registrada ontem no Estado, demonstrou a necessidade de ampliação da estrutura no interior. Moradora de Batayporã, Eleuzi Silva Nascimento, de 64 anos, peregrinou até ser alocada em um leito de UTI.
Diagnosticada com o novo coronavírus no dia 24 de março, ela foi internada primeiramente no dia 16, em hospital particular de Nova Andradina, e depois foi transferida para um hospital privado em Dourados no dia 26, onde ela não resistiu. A vítima teve contato com duas irmãs que viajaram para a Bélgica.
Dos 135 leitos a serem instalados, 71 leitos serão distribuídos em hospitais de Campo Grande, como Santa Casa, Hospital do Câncer, Hospital Regional, Hospital do Pênfigo, Clínica Campo Grande, El Kadri e Proncor.
Também receberão a estrutura os municípios de Três Lagoas (10) Corumbá (10), Sidrolândia (3), Ponta Porã (10), Costa Rica (4), Paranaíba (10) e Dourados (17).
A rede de atendimento também terá reforço de 281 leitos clínicos, sendo 239 na Capital; 10 em Três Lagoas e 32 em Dourados. Também está prevista a instalação de 48 leitos semi-intensivos no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian, em Campo Grande.
No início da semana, o secretário adiantou que a instalação dos leitos custaria cerca de R$ 13 milhões para governo do Estado e prefeituras, durante os quatro a seis meses de pico de casos da doença, além do quantitativo encaminhado pelo Ministério da Saúde.
No Estado, há 515 leitos de UTI, sendo 377 geridos pela iniciativa pública e 138 são de hospitais da iniciativa privada. Eles estão distribuídos em sete municípios.
Tainá Jara – CAMPO GRANDE NEWS