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CHURRASCARIA

Dono de escola de aviação é indiciado por golpes que somam mais de R$ 100 mil

O empresário Manoel Messias da Silva, de 40 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por estelionato, depois de aplicar golpes por meio da Escola de Aviação CMM, com sede em Campo Grande.

De acordo com a Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), unidade credenciada para investigar irregularidades na aviação civil em Mato Grosso do Sul, o suspeito vendia cursos e aulas, mas não entregava o produto na totalidade.

Conforme apurado, ele passou a ser investigado quando uma das aeronaves da escola se envolveu em acidente na região de Camapuã, em fevereiro do ano passado. Na ocasião, uma instrutora e um aluno ficaram feridos. A Deco apurou o caso e descobriu uma série de irregularidades em procedimentos de voo.  A partir destas investigações, começaram a surgir denúncias de estelionato.

Ao menos 15 vítimas de todo o país começaram a procurar a Deco, mas a suspeita é de que aproximadamente 30 pessoas tenham sido lesadas com prejuízo superior a R$ 100 mil. Manoel vendia em média de 30 a 35 horas-aulas por preço abaixo do mercado, na faixa de R$ 30 mil a R$ 40 mil e ainda oferecia alojamento aos alunos durante o curso em Campo Grande. Uma das vítimas, moradora em Recife (PE), investiu R$ 30 mil e veio para Mato Grosso do Sul.

Ela relata que fez duas horas de aula e depois o responsável pela escola sumiu. Situação semelhante foi relatada por outras vítimas. A Polícia Civil apurou que Manoel tinha outra escola de aviação em Jales (SP) e, além do prejuízo aos alunos, também não pagava empresas que forneciam combustíveis e hangares que locava para armazenar as aeronaves.

Os aviões eram arrendados de uma empresa de São Paulo. Nesta terça-feira (27), o suspeito esteve em Campo Grande para prestar depoimento e foi indiciado.

A equipe de reportagem tentou falar com ele e com o advogado na Deco, mas eles se recusaram. Em maio, um aluno entrou em contato com o Midiamax informando que investiu R$ 65 mil em um curso de seis meses, mas que não concluiu porque a escola encontrava-se sempre fechada. Além disso, o estabelecimento não cumpria normas exigidas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

 

Midiamax