Nacionalmente conhecido como ‘Doutor Faz Tudo’, Paulo Marcelino Andreoli Gonçalves teve seu registro médico cassado pelo CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul). Ele atuou em Mato Grosso do Sul nas cidades de Antonio João, Paranhos e Amambaí e já havia sido suspenso em anos anteriores, além de ser investigado por pelo menos 33 denúncias de erros médicos.
Em 2013 a suspensão foi pela morte de um bebê em um parto malsucedido em 2009, no município de Antônio João, a 402 quilômetros de Campo Grande. No ano de 1995, ele foi condenado pelo óbito de outro bebê por complicações em uma cirurgia de hérnia, no Paraná. Em 2018 chegou a ser alvo de censura pública no Paraná.
No mês de janeiro de 2019, o programa Fantástico esteve com o médico formado como generalista – clínico geral – mostrou que Paulo realizava ao menos 90% dos procedimentos cirúrgicos em um hospital de Guaíra, no Paraná.
Em julho deste ano foi suspenso por 30 dias e agora neste mês de setembro teve o registro cassado. De acordo com o CRM-MS, não poderá atuar em mais nenhum lugar do país, ficando impedido de exercer a profissão por ter infringido os artigos 1°, 5°, 8°, 9° e 87 do Código de Ética Médica – Resolução CFM nº 1931/2009.
Suspensão
Além de Paulo Marcelino, o médico Edson Batista de Lima obteve a suspensão por 30 dias por violar os artigos 1°, 32, 35 e 87 do Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1931/2009). Neste período ele fica proibido de atuar em qualquer lugar do país. Após este período ele pode voltar a praticar o exercício da atividade médica.
O conselho afirmou ainda que recebeu as denúncias contra os médicos e abriu sindicância para apurar as informações, as quais se tornaram processos, que foram julgados por uma comissão de conselheiros. Em todos os casos os médicos tiveram direito à ampla defesa.
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