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CHURRASCARIA

Fim de carreira dos políticos parasitas

Manoel Afonso

DISCURSOS  Nem sempre eles representam na íntegra o projeto político de um candidato. Mesmo assim vale a pena – às vezes – analisá-los nas suas entrelinhas para  aferir  seus reais propósitos e também suas incoerências ao compará-los com sua postura dentro do cenário político-eleitoral. E convenhamos; há bom tempo não temos tido o prazer de absorver ensinamentos do conteúdo da classe política. Basicamente  nivelados na maioria abaixo da razoabilidade, não trazendo luzes que efetivamente possam contribuir com o debate e a gestão política brasileira.

OS PARASITAS ainda  vão sobrevivendo por aí no desfrute da sombra do legado de seus líderes. Contra o implacável relógio do tempo, citam suas frases, trajetória e tentam trazer para nossos dias as antigas agendas, como se não vivêssemos em outro contexto social. Nas siglas vinculadas ao trabalhismo, por exemplo, é visível a preocupação de se estabelecer identidade com as propostas e Governo de Getúlio Vargas na distante década de 50. É como se o mundo e o Brasil não tivessem mudado economicamente e socialmente.  Falta-lhes liderança, discurso e propostas compatíveis com a realidade. Daí essa vocação de se agarrar aos ‘velhos troncos’ já naturalmente corroídos.

MUDANÇAS  Os conceitos de gestão pública mudaram muito. O que era essencial ontem às vezes passou a ser opcional hoje. A prioridade de construir estradas – do então presidente da República Washington Luiz (1926-1930) era compatível com aquela época de grandes dificuldades de locomoção e transporte. A construção da rodovia Rio-São Paulo justificou seu lema “Governar é construir estradas”. Hoje, mais urgente que as estradas é a expansão da rede de internet num mundo refém da tecnologia. Enfim, as prioridades deixaram de ser estáticas, flutuam de acordo com o momento de seu povo.

LUZ PRÓPRIA Parece faltar à maioria dos políticos, por formação ou incapacidade nata. Mas aqueles que têm bom senso vão captando ensinamentos  para depois adequá-los a realidade e perfil. Uma postura inteligente sempre aberta a críticas e observações que possam acrescentar algo de positivo. O governador paulista João Dória Jr (PSDB), embora nascido bem berço político,  só estreou e vencendo na política aos 59 anos de idade como candidato a prefeito de São Paulo em 2016. Isso também tem ocorrido com profissionais liberais e empresários bem sucedidos que acabaram ingressando na vida pública partidária por prazer ou vontade de servir.

COMPARANDO  Estrearam nos países do 1º Mundo e agora já são vistas em lojas de supermercados de Campo Grande. São as ‘caixas inteligentes’ que dispensam a mão de obra da tradicional ‘caixa’. E não adianta os sindicalistas chiarem: vieram para ficar! É consequência desta legislação trabalhista (CLT) que só ferra quem gera emprego, ao contrário dos Estados Unidos onde  a “Lei dos Poderes Justos do Trabalho” trata com igualdade de direitos e deveres empregados  e patrões. Não é por outra razão de que  os brasileiros fazem de tudo para conseguirem trabalhar na ‘Terra de Tio Sam’. Certo?

MEIA VOLTA!  Ao colunista o deputado Pedro Kemp (PT) admitiu que vem fazendo profunda reflexão sobre o cenário político – seus personagens – e inclusive sua inserção nele. Para o parlamentar é preciso abandonar a pratica dos discursos vazios apenas para marcar posição ideológica partidária que nem sempre resolvem. Kemp confessa estar  mais amadurecido e está se policiando em determinadas situações  e assuntos. Ao final manifestou sua preocupação com o professorado, onde aliás está sua base eleitoral.

DISTORÇÕES  Em se tratando de questão salarial elas resistem por leis. Um leitor de Dourados (MS) envia-nos números sobre a prefeitura municipal. O salário  mensal líquido da prefeita Délia Razuk  seria de R$10.411,98. Já o ganho líquido mensal do Procurador (Execução Fiscal) seria de R$21.706,71 após o desconto de R$ 10.074,38. O Procurador Especial, funcionário desde 1989, ganharia R$41.452,56 e descontando R$12.678,94 – ficaria com R$28.773,62. O Guarda inspetor de 2ª. classe receberia líquido R$13.053,39, enquanto o engenheiro (desde 2001) ganharia líquido  R$ 10.119,13.

LONGE  de discutir o mérito dos números, é preciso reconhecer que os vencimentos estão amparados em lei e que existem vários aspectos que devam ser levados em conta. Mas o que interessa aos olhos críticos da opinião pública é que no país – de um modo geral – leis e mecanismos  beneficiam determinados nichos da função pública. Ainda há pouco a mídia repercutiu os ganhos dos motoristas e ascensoristas  do Congresso Nacional. Alguém ironizou: eles não ganham tanto – são os brasileiros comuns que ganham muito pouco. E segue a ‘galopeira’.

É VERDADE  A opinião pública pode não entender de direito, mas tem noção ou parâmetros de justiça. O mesmo raciocínio se aplica ao crime cometido  pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Moon contra Adriano Corrêa Nascimento e mais duas outras vítimas em 31/12/2019 na capital. Não há que se confundir a instituição da Polícia Rodoviária Federal  (que saiu desgastada)  com seu integrante que não estava de serviço na ocasião.  A opinião pública também condenou a iniciativa de se colocar ‘out-doors’ nas ruas de Campo Grande para influenciar no julgamento à favor do réu.

E MAIS…. O apoio  de forma ostensiva dos colegas dele no julgamento foi visto como tática de pressão que intimidou e amedrontou quem foi ao fórum.Mas as notícias e fotos publicadas na mídia, depoimentos de testemunhas oculares e outras provas ao longo do processo deram subsídios para o cidadão comum entender o que realmente aconteceu. Mas para se absolver o réu o caminho usual é denegrir a imagem da vítima. Frieza e maldade de um campeão de tiro em pleno clima de final de ano.  Pena que continua valendo o velho ditado: “No Brasil só ficam presos puta, preto e pobre”.

ABNEGAÇÃO  Temos só 2 hospitais psiquiátricos no MS. O Hospital Nosso Lar – na capital e o Instituto Adelina Thiago Dias – em Paranaíba – que atende 35 pacientes internos e tem 50 funcionários. Segundo  o gerente de planejamento Wagner Alves de Oliveira, o nosocômio vive em dificuldades. As verbas públicas (SUS-Saúde Municipal) cobrem apenas metade dos gastos e o restante vem da ajuda de segmentos diferentes da sociedade. Wagner fez dois registros: da verba recente da Secretaria Estadual de Saúde e da ajuda que vem recebendo do deputado Coronel David (PSL). Ao final apelou para que os demais deputados incluam a entidade como beneficiárias de suas emendas.

DOIS ESTILOS  diferentes: deputado capitão Contar (PSL) e deputado Jamilson Name (PDT). O primeiro apostou no estilo próprio através das redes sociais e de moto para visitar as 78 cidades onde foi votado. Figueirão foi onde obteve menos votos: 28. Diz que sua maior alegria é ser cumprimentado nas ruas por pessoas que confessam não ter votado nele. Quanto a Jamilson cresceu no ambiente político onde sua mãe Tereza Name é a referência, sempre atendendo carentes. Está investindo em proposições para melhorar a infra-estrutura como pontes, prédios e estradas. Confessa: na pratica os poderes do deputado são menores da imagem de quem olha de fora.

ALELUIA… Aquela luta por taxas e emolumentos cartoriais menores,  iniciada em 2017 pela Federação da Indústrias de Mato Grosso Sul  e que era tida como indigesta, segue em frente. O desembargador Sergio Martins Sobrinho, Corregedor do TJMS, mostrou boa vontade ao receber a sugestão/proposta das mãos dos representantes da própria  Fiems, Famasul, Fecomércio, Creci, Secovi e Sindimóveis. Logo após o evento falei com Sergio Longes (Fiems) e Maurício Saito (Famasul) e eles estavam otimistas.

CREDIBILIDADE  Os números de pesquisa recente divulgada pelo site Antagonista retratam com fidelidade aquilo que o brasileiro pensa do político – de um modo geral.  Para 29% dos entrevistados todos os políticos são corruptos; para 50% dos pesquisados mais da metade dos políticos são corruptos; para 15% dos que opinaram metade dos políticos são corruptos; para apenas 6% menos da metade são corruptos. O incrível ou inacreditável: para 1% dos entrevistados nenhum político é corrupto.

A LUTA Os adversários do Governo precisam parar de torcer contra – ou seja – para que o cenário piore e assim eles possam levar vantagem eleitoral. O quadro de hoje é bem diferente daquele quando Marcelo Miranda era o governador e conviveu com  as greves plantadas pelo PT.  Não há clima para que isso se repita! O governo está fazendo a lição de casa para pagar em dia os funcionários e fornecedores. Radicalizar em tempos de recessão é bobagem pura.

JUÍZO  é bom em qualquer situação. Basta olhar ao lado para se perceber que o Brasil passa por uma situação inusitada, onde o otimismo  vai se tornando raridade. Quais segmentos de atividade econômica estão rentáveis, com exceção do sistema financeiro? Empresas tradicionais em dificuldades, demitindo, postos de combustíveis fechando e outros empresários enxugando custos como nunca antes visto.  Os poderes públicos precisam e devem levar em consideração todo esse esforço da iniciativa privada. Afinal, é dela que saem os impostos que sustentam a gulosa e insaciável máquina estatal.

‘TRIUNFO DA FOFOCA’  “…vivemos nos tempos de fake news, dos tititis nas redes sociais, das notinhas cifradas…(  )….Bastam alguns segundos de distração e lá estamos nós postando bobagens, mandando mensagens pelo zap zap para pessoas erradas, mostrando nossas intimidades e nossos segredos, revelando nossas raivas, hipocrisias e intolerâncias. A mente é incerta e o dedo é bobo. Um dia, sem querer, replicamos mensagens sem saber do que se trata….(  ) …..Assim, às vezes somos printados com toda a inocência e nos tornamos vítimas dos inescrupulosos profissionais da fofoca.” ( Dante Filho)

RESENHA LEGISLATIVA

DEPUTADO GERSON CLARO: Participou da sessão da CCJR emitindo pareceres; requereu uma unidade do Corpo de Bombeiros para Água Clara e em Brasília participou de  proveitoso Seminário sobre temáticas do trânsito.

DEPUTADO JOÃO H. CATAN: Participou de eventos em Chapadão do Sul, manteve contato com lideranças locais ouvindo reivindicações, participou da sessão da CCJR e apresentou 2 projetos versando sobre direitos do consumidor.

DEPUTADO BARBOSINHA: Pediu maior policiamento na fronteira; maior atenção da gestão municipal de Dourados no caso do Córrego Paragem; esteve na sessão da CCJR e comemorou o aumento dos benefícios pela chamada tarifa social.

DEPUTADO LUCAS DE LIMA: “Não tá bonito”. É o nome da campanha que ele – como presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia lançou na emblemática Bonito, com várias ações lembrando a importância da conscientização. Um sucesso!

EVANDER VENDRAMINI: Pediu água potável em assentamentos; aparelhos de ar condicionado em escolas de Corumbá e Ladário; comemorou a sanção da sua lei sobre Educação Ambiental do Pantanal; atendeu lideranças e visitou secretarias.

LÍDIO LOPES: Presidente da Frente Parlamentar em defesa da Assistencia Social participou da reunião do Coegems; foi as ruas da capital para distribuir mudas de plantas em comemoração a Semana  do Meio Ambiente e presidiu a CCJR.

JAMILSON NAME: Propôs o Dia de Prevenção e Combate à crueldade contra os animais; comemorou aprovação de seu projeto que garante a divulgação dos diretos dos portadores de câncer; recebeu prefeitos e vereadores do interior no  seu gabinete.

MARÇAL FILHO: Aprovada sua Lei contra Pichação; propõe campanha permanente contra a depressão; pediu rapidez da Sanesul nos reparos das calçadas de Dourados; pede rapidez na contratação de empresa gestora no Hospital de Cirurgias de Dourados

CAPITÃO CONTAR: Suas intervenções nas sessões são pontuais; a cada dia aumenta o número de lideranças de bairros da capital e interior em busca de apoio; tem visitado bairros, escolas públicas e entidades assistenciais. Elogiado pelos colegas.

ANTONIO VAZ: Vem focando o mandato em ações para corrigir e melhorar o serviço público na saúde; mantém contato frequente com secretários municipais de saúde e tem procurado ampliar seu arco de relações tanto na capital como no interior. Boa gente.

MARCIO FERNANDES: Atento as questões voltadas basicamente ao universo rural; mantém contato permanente com a ministra Tereza Cristina e direção da Famasul; defensor intransigente do fim dos encargos bancários do agronegócio.

NENO RAZUK: Pediu academia para o distrito de Bocajá; ciclovia em trecho da MS-386; reforma do prédio público da APAE de Nova A. do Sul; atendimento integral aos pacientes oncológicos; requereu nomeação de peritos criminais para Paranhos e melhorias em Laguna Carapã.

A verdade é que ninguém chega impunemente a presidente da república. ( Stanislau Ponte Preta)