Durante fiscalização realizada na região de Aquidauana, foram encontrados nove trabalhadores, todos indígenas, submetidos a trabalho em condição análoga à de escravo.
Os trabalhadores foram localizados pelo Grupo de Fiscalização Rural em Mato Grosso do Sul, coordenado pela Chefia de Inspeção do Trabalho da Regional, em uma propriedade rural a cerca de 60 quilômetros do núcleo urbano do município.
A operação, realizada entre 29 de agosto e 10 de setembro no interior do Estado, contou com a participação da Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso do Sul.
De acordo com o coordenador da operação, o auditor-fiscal do Trabalho, Antonio Parron, o alojamento usado pelos trabalhadores, improvisado, havia sido montado pelos próprios trabalhadores com galhos de árvore, palha e lona. O local era desprovido de condições básicas de segurança, higiene, privacidade e conforto.
Não existiam instalações sanitárias, acesso a água potável nos locais de trabalho e local adequado para o preparo e consumo das refeições.
Segundo informações do Ministério do Trabalho, após a operação, os contratos de trabalho foram formalizados, com registro em livro próprio, anotação das carteiras de trabalho e emissão dos termos de rescisão dos contratos de trabalho.
Os trabalhadores resgatados receberam do empregador as verbas rescisórias perante os auditores-fiscais do Trabalho no valor total de R$ 20.006,82.
E também receberão, até o fim do mês, o depósito dos valores devidos de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no total de R$ 1.546,82. Além disso, os resgatados terão direito ao recebimento de três parcelas do seguro-desemprego.
Correio do Estado