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Mesmo após reajuste, professores do município recebem 42% a menos que os do estado

Correio do Estado Foto: Gerson Oliveira

Foto: Gerson Oliveira

Os dados referentes aos salários de professores de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul ainda mostram uma grande diferença, de 42%, mesmo após o reajuste autorizado em um evento desta quarta-feira (4).A proposta agora aprovada prevê a repactuação do valor do piso nacional do magistério por 20 horas em Campo Grande.

Com isso, será efetivado o repasse de 14,95% aos profissionais, sendo 5% em outubro de 2023, 5% em janeiro de 2024 e 4,95% em maio de 2024.

Entretanto, não dá para deixar de notar que o salário dos professores de Campo Grande ainda está muito longe não só do piso, mas também do valor que os profissionais do Estado já recebem.

Tabela disponibilizado pela ACP (Sindicato Campo-grandense dos Professores da Educação Básica) mostra que, em MS, os professores concursados com ensino superior recebem o salário inicial de R$ 5.191,59.

Enquanto isso, os professores com ensino superior do município recebem o salário inicial de 3.496,26. Com o reajuste de 5% que cai no salário de outubro, eles receberão R$ 3.671,07, valor que ainda é 42% menor do que o repassado aos profissionais de MS.

Já o piso nacional para professores com ensino superior completo é de R$ 6,6 mil. Ou seja, além da enorme diferença, percebe-se que professores graduados do estado e do município ainda recebem salário abaixo do piso quando ingressam na profissão.

Saiba mais sobre os salários

O salário pago aos professores magistrados é menor do que o repassado aos professores graduados em Campo Grande.

O diretor da ACP, Gilvano Bronzoni, explicou em coletiva desta quarta-feira (4), que, atualmente, o piso nacional do magistério é de R$ 4,4 mil que é do nível médio.

Profissionais com magistério são aqueles formados em curso técnico profissionalizante de nível médio que forma professores para atuarem na educação básica (anos iniciais, ensino fundamental e médio).

Enquanto isso, professores com magistério, em Campo Grande, recebem o salário inicial de R$ 2,3 mil, ou seja, R$ 2,1 mil a menos que o valor do piso nacional.

Decreto do piso

Na manhã de hoje (4) a prefeita Adriane Lopes assinou o decreto sobre o piso nacional de 20h para o magistério de Campo Grande.

A proposta havia sido aprovada, nesta terça-feira (3), pelos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, tratando da repactuação do valor do piso nacional do magistério por 20 horas.

Com a sanção assinada hoje, será efetivado o repasse de 14,95%, sendo 5% em outubro de 2023, 5% em janeiro de 2024 e 4,95% em maio de 2024.

Cerca de 8 mil professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) serão contemplados com reajuste de 5% no próximo mês.

Também fica previsto que, em setembro de 2024, haverá a reposição de 30% da correção anual do piso e, em dezembro, outros 70%.

A lei prevê, ainda, definições que vão além da gestão da atual prefeita, autorizando a repactuação do reajuste salarial dos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme), entre os anos de 2025 e 2028.

Com relação a isso, ficam previstos reajustes de 12%, 14%, 15,79% e 10,39% nos meses de setembro de cada ano, além da reposição de 100% da correção anual do piso nos meses de maio.