A conduta do procurador da justiça Gilberto Robalinho da Silva, que supostamente mandou retirar o carro da esposa da cena de um acidente que vitimou uma idosa de 91 anos, será investigada pela corregedoria do MPE-MS (Ministério Público Estadual). O fato revoltou testemunhas e familiares, que negam tentativa de linchamento da motorista ou depredação do veículo.
O Fiat Uno branco conduzido por Cirlene Lelis Robalinho, de 48 anos, foi retirado do local da ocorrência antes da chegada da perícia da Polícia Civil. A motorista invadiu a calçada, atropelou e matou Verônica Fernandes, de 91 anos, no início da tarde desta quarta-feira (13).
Conforme a assessoria de imprensa, o procurador-geral Paulo César dos Passos abriu investigação administração e encaminhou os fatos à corregedoria, que deve apurar a conduta do servidor.O carro foi levado após o acidente para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), do Centro, e só depois à 4ª Delegacia de Polícia Civil, onde as testemunhas foram ouvidas pela delegada Célia Maria Bezerra.
Vale ressaltar que somente a Procuradoria-Geral de Justiça pode investigar o procurador e apurar se houve ordem aos policiais militares para retirarem o veículo. Perante a justiça, ele não pode ser investigado pela Polícia Civil por ter foro privilegiado, mas os policiais devem responder por fraude processual.
O acidente
Verônica Fernandes, de 91 anos, foi atropelada e morta na tarde desta quarta-feira (13), na Avenida José Nogueira Vieira, no bairro Tiradentes. Ela foi atingida por um veículo Fiat Uno, guiado por Cirlene Robalinho, esposa do procurador Gilberto Robalinho da Silva.
Equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionada, mas quando os socorristas chegaram a idosa já estava morta.
Segundo a delegada Célia Maria, responsável pelo caso, em depoimento, Cirlene Robalinho garantiu que perdeu o controle da direção do automóvel porque teria sofrido um ‘mal súbito’. “Ela disse que passou mal, tanto que depois foi socorrida por equipe médica. Agora, vamos pedir uma cópia do prontuário dela para ter uma noção do que realmente aconteceu”, revela.
No entanto, no local do acidente testemunhas afirmaram que a condutora teria sido vista manuseando um celular momentos antes da batida que causou a morte. A delegada disse que ouviu rumores sobre uso de telefone celular no momento do atropelamento, mas até o momento nada foi confirmado.
Parentes de Verônica e moradores da região contaram ao Jornal Midiamax que a idosa era conhecida na região e tinha costume de andar pelas ruas vendendo cocada e pamonha.
fonte :.midiamax.com.br