Os Promotores de Justiça Thiago Barbosa da Silva da 1ª PJ de Iguatemi e Karina Ribeiro dos Santos Vedoatto, da 2ª PJ de Mundo Novo, atuaram nesta segunda-feira (11/3), como mediadores no plenário do Tribunal do Júri do Fórum de Iguatemi, para tratarem de questões atinentes à fiscalização de transporte clandestino de passageiros e seus impactos sobre a comunidade indígena local.
Na ocasião, compareceram autoridades políticas, lideranças indígenas da Aldeia Porto Lindo, representantes dos taxistas e comerciantes do município.
De acordo com o Promotor de Justiça Thiago Barbosa da Silva, a questão de transporte ilegal de passageiros acabou atingindo a comunidade indígena da região, que revoltada com a situação bloqueou uma estrada local.
Na reunião de mediação, todos os representantes foram ouvidos e ao final restou acordado que será recolhida a lista elaborada pelos taxistas da região que trata de eventual prática de transporte ilegal de passageiros praticada pela comunidade indígena. No entanto, ficou acordado que é necessária a fiscalização de transporte clandestino de passageiros praticados por moradores da comunidade da zona urbana de Iguatemi.
O Acordo prevê ainda que a comunidade indígena da Aldeira Tekoha Porto lindo e Yvykatu, comprometeu-se a cessar as manifestações e bloqueios, no que tange ao transporte clandestino de passageiros na Ponte que divisa as cidades de Iguatemi e Japorã.
Ao Ministério Público Estadual ficou acordado que este iniciará as tratativas com os taxistas de Iguatemi, no que tange a possível fixação de valores referentes a transportes de indígenas de Iguatemi até às Aldeias.
A liderança indígena se comprometeu ainda, a restabelecer o livre trânsito dos taxistas no interior das comunidades indígenas, da mesma forma como se dava no período anterior aos fatos que deram início a atual situação.
Ao final, o Promotor de Justiça Thiago Barbosa avaliou a reunião como uma oportunidade para as partes chegarem a um bem comum: “A mediação permite a criação de um espaço de diálogo para que as partes interessadas possam chegar a um acordo capaz de atender as expectativas de todos.
Assim, a experiência se mostrou muito positiva por permitir que todos pudessem ter voz e também serem ouvidos tanto que, ao final, conseguimos alcançar a pacificação do conflito”.
Texto: Ana Carolina Vasques/Jornalista-Assecom
Fotos: 1ª Promotoria de Justiça de Iguatemi