lzira de Jesus Araújo, de 40 anos, que se passava por militar e cobrava até R$ 30 mil por falsa ajuda em concurso para oficiais temporários e sargento, deu golpe na própria filha.
A jovem, de 22 anos, ficou sabendo pela polícia que os R$ 3 mil que deu à mãe para que estelionatária a indicasse para vaga no Exército foram perdidos.
A filha contou aos policiais que Alzira inclusive a levou numa loja de artigos militares para comprar o fardamento.
Além da jovem, outras quatro pessoas, três colegas de trabalho e um amigo da moça, também foram vítimas da golpista.
A jovem revelou ainda que a mãe finge ser sargento temporário do Exército desde 2017 e sempre andava fardada. Ela dizia ter contato com um tenente e que por isso, conseguiria facilitar a contratação.
Ao amigo, que também tem 22 anos, a estelionatária ofereceu vaga de estágio. Ele diz ter feito pagamentos que somam quase R$ 7 mil à Alzira ao longo de um ano.
Segundo as vítimas, a estelionatária dizia que o dinheiro era para a compra das fardas, taxa de inscrição, pagamento de guias, inspeção de saúde, emissão de documentos. Pelo menos sete pessoas já registraram boletim de ocorrência contra ela.
Alzira foi presa na tarde de terça-feira (26) pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações da Polícia Civil), que a investigou por três meses. Na casa dela, policiais apreenderam botons, coturnos e diversas fardas do Exército.
A suspeita se recusou a depor e disse que só falaria em juízo. À polícia, ela disse apenas que trabalha como motorista de aplicativo, ganha cerca de R$ 2 mil por mês e tem três filhos.
Na manhã de hoje, a juíza Katy Braun decidiu mantê-la presa preventivamente durante a audiência de custódia.
Atuando como despachante aeronáutica, Alzira chegou a ser condenada a pagar multa de R$ 116 mil por denúncia de emissão de informações falsas ou adulteradas em 29 FAPs (Fichas de Avaliações de Pilotos), exigidas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Essa suspeita de falsificação ainda está em investigação na Polícia Federal.
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