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CHURRASCARIA

“Não tem mais prazo para aliança com o PSDB”, diz ex-governador

O pré-candidato ao governo do Estado André Puccinelli (MDB) destacou que não tem mais prazo para o seu partido se unir com o do atual administrador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Há pouco tempo, nos bastidores, chegou-se a cogitar uma possível aliança entre os dois rivais e André disse, em entrevista, que a chapa perfeita seria ele como governador, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira como vice e Azambuja no Senado.  

“Terça-feira, na outra semana, estive no Planalto e dissemos que o MDB vai ter candidatura própria. Agora não tem mais possibilidade de aliança com o Reinaldo, não tem mais prazo para o MDB fazer aliança com o PSDB”, destacou.

Analisando o calendário eleitoral e sua posição política, Puccinelli explicou que, como ele não abre mão de tentar ser chefe do Executivo estadual novamente, as únicas possibilidades de o MDB e o PSDB formarem uma única chapa seria Azambuja sendo seu vice, porém não há mais esta chance, porque ele deveria ter deixado o cargo no dia 6 de abril, ou então sendo candidato ao Senado Federal. “Só caso ele quisesse para senador”, ponderou. 

No ninho tucano, as vagas para senadores estão com grande disputa, antes de 7 de abril o partido teve de decidir entre o deputado federal Geraldo Resende, o então secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, e o responsável pela pasta de governo, Eduardo Riedel. Reinaldo escolheu Miglioli para deixar a administração e seguir com a pré-campanha, porém o ex-secretário ainda não está com a vaga garantida na majoritária. 

Outra dificuldade que afasta a aliança política entre o ex e o atual governador de Mato Grosso do Sul é que Puccinelli não lançará outro candidato ao Senado. A sigla tem Simone Tebet com o cargo em Brasília até 2022 e Wadelmir Moka tentará a reeleição. 

“Se prevalecer, a ideia é essa: não vou pedir o voto do outro, vou pedir o voto no Moka. O eleitor pode escolher dois, escolhe o Moka e mais um”, destacou André. 

Como publicado pelo Correio do Estado, ao ser questionado sobre o fórum MS Maior e Melhor, que será realizado em Campo Grande no dia 19 deste mês, André afirmou que chamou todas as legendas de Mato Grosso do Sul. O MDB tem o apoio do PHS, PTC, Avante que é ex PTdoB e PEM, segundo o pré-candidato. 

“Nós estamos em conversa com o DEM, PR, PROS, PCdoB, PSD, PTB, PRB. Estamos em namoro, mas ainda não deu casamento”, disse. 

Indagado sobre a situação do DEM, que tem os deputados federais Tereza Cristina e Luiz Henrique Mandetta antigos aliados do MDB, Puccinelli votou a dizer que tem conversado com todas as siglas, mas confessou ser o predileto dos dois parlamentares. 

“Todo partido deve estar tentando indicar candidato próprio. Eles (DEM) estão falando isso. Ou tem próprio ou se coliga, eu tenho a predileção dos dois (Mandetta e Tereza), mas o partido ainda não decidiu”. 

O que chama atenção é que o MDB pretende lançar chapa própria para deputados federais, distanciando então a possível aliança com o DEM, e Tereza e Mandetta são pré-candidatos a reeleição. 

“Temos para deputado federal 16 nomes próprios, não vamos fazer aliança. Por enquanto, temos 19 nomes para deputados estaduais, tem os sete que estão na Assembleia Legislativa, mas o Takimoto será deputado federal, temos também o ex-prefeito de Corumbá Paulo Duarte e alguns outros”, afirmou, sem dar mais detalhes.

Neste sábado, o DEM deve lançar a pré-candidatura de Murilo Zauith, ex-prefeito de Dourados, à corrida eleitoral.

 

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