No cenário da política em que é preciso achar uma agulha no palheiro quando se procura um grande exemplo de gestão pública, casos como o do prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (PR), mostram que no interior é possível fazer uma administração eficiente e resolutiva. No entanto, sem a mesma badalação, outro milagre como o do Noroeste do Estado acontece no Conesul, e já foi capaz de levar uma pequena cidade a destaque em ranking de geração de empregos e controle da mortalidade infantil.
“Os nossos servidores têm contribuído muito com o desenvolvimento dos serviços públicos e o nosso compromisso de manter os salários em dia tem sido cumprido à risca. As dificuldades são muitas, mas o apoio da Câmara de Vereadores e de parlamentares estaduais e federais tem garantido recursos para que possamos corresponder às expectativas da nossa gente”, conta o prefeito de Caarapó, também do PR, comerciante como Waldeli, e de 55 anos, dois a menos que o chefe do Executivo em Costa Rica. Na gestão de Mário Valério a cidade se tornou um pólo incomum na geração de empregos e é neste ano o lugar que mais contratou no Mato Grosso do Sul.
Foram 648 carteiras assinadas nos primeiros sete meses do ano, que deram a Caarapó uma liderança no ranking estadual medido pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), com vantagem de apenas 12 contratações formais em relação ao município da segunda colocação. E é justamente Costa Rica, cidade que o prefeito conta com aprovação de 90% da sociedade e paga até salário extra a professor que está no 2º lugar. Para quem procurou Campo Grande na mesma lista teve que ver a Capital como líder em redução dos postos de emprego formal, devido a 2.554 baixas.
Foco de cronicidade da população indígena, Poder Público atinge resultado importante
O equilíbrio nas contas públicas e o ambiente positivo, ajudam Caarapó atrair empresas, superar a crise, mas foi além da área urbana que um relatório também laureou o bom começo do mandato de Mário Valério. Análise técnica apresentada pela Divisão de Atenção à Saúde Indígena de Mato Grosso do Sul identificou que no município o índice de mortalidade infantil de crianças até cinco anos entre os indígenas de Caarapó está em zero.
Das 73 crianças da população indígena que nasceram na cidade entre janeiro e julho nenhuma faleceu e não houve no período qualquer morte de criança com até 5 anos de idade. No Mato Grosso do Sul a taxa de mortalidade infantil está em 13,9, de acordo com informações do Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), órgão ligado ao Ministério da Saúde.
Um dos trunfos para que Caarapó atinja esse êxito é justamente um fator que precisa ser mantido no restante da administração de Mário Valério: vigilância. O Poder Público Municipal tem mantido até agora interlocução constante com a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do Governo Federal e monitoramento regular nas aldeias.
Vale lembrar que em razão de conflitos de terra na região, há a presença da Força Nacional em Caarapó, desde junho deste ano, “para garantir a ordem pública”. O efetivo dá apoio a Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, depois de pedido do Governo do Estado para o reforço. Só nessa segunda metade do ano, 17 fazendas da área rural do município foram invadidas.
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Fonte: Capital News