Depois da declaração do vice-presidente regional do PSD, foi a vez do principal líder do partido, o prefeito Marquinhos Trad, comentar e deixar em aberto uma eventual coligação com o PSDB para o pleito de outubro, lembrando o recente confronto nas urnas nas eleições de 2016.
“Há um ano e meio atrás, eles iam na Polícia Federal, me criticavam, me agrediam, falavam mal de mim. Agora querem a nossa ajuda. Por isso que eu digo quando você fala alguma coisa, você é responsável pelo que você fala”, disparou o prefeito, enquanto assistia ao jogo da seleção na Praça do Rádio, no começo da manhã desta sexta-feira (22).
A declaração de Marquinhos reforça eventuais rusgas surgidas com o ninho tucano, já que ontem, seu líder na Câmara e vice regional do PSD, vereador Chiquinho Telles, disparou contra lideranças do PSDB que ‘falam muita besteira’, criando situações que podem atrapalhar uma aliança para disputa das eleições de 2018.
“O mundo dá muitas voltas, a melhor política não é agressão. A melhor política é conciliação”, emendou Marquinhos.
Parceria
Desde que assumiu o mandato, em janeiro de 2017, o prefeito e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fazem questão de destacar a ‘parceria administrativa em prol de Campo Grande’, que caminhava, segundo integrantes da própria cúpula tucana, para uma aliança eleitoral na campanha à reeleição do tucano para o governo.
Todavia, o prefeito, que sempre evitava falar de política ao alegar que se preocupava apenas com a gestão municipal, frisou que as ações do governo estadual desenvolvidas na Capital, como aporte de recursos para obras de recapeamento e tapa-buraco, são apenas cumprimento de ‘obrigação’.
“Ajuda administrativa é obrigação. O dinheiro que vai para o Estado é do campo-grandense. Tudo sai do município, por isso que é obrigação. É devolução do imposto de quem paga”, finalizou Marquinhos Trad, que afirmou ainda que desconhece quem são os tucanos que estariam dizendo ‘bobagens’.
MIDIAMAX