A operação deflagrada na manhã desta segunda-feira (24) em Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) tem como objetivo a desarticulação de um grupo criminoso formado por policiais civis da ativa e aposentados. Eles furtavam drogas das delegacias para revender a comparsas.
As investigações, segundo informações do Gaeco, começaram em maio de 2021 com a notícia de concussão (recebimento de vantagens) praticada por parte de alguns policiais civis da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã. Eles receberam propina via Pix na restituição de um caminhão aos proprietários.
A retirada das drogas apreendidas e que estavam no depósito da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã era feita por um escrivão de polícia e repassada aos seus comparsas para a revenda. Até o momento não informada a quantidade de droga comercializada nem os valores obtidos pelos envolvidos na organização criminosa.
De acordo com as as apurações feitas pelo Gaeco, que durou cerca de 10 meses, foi identificada uma associação criminosa formada por policiais civis (tanto aposentados, como da ativa) que se utilizava das Delegacias de Polícia Civil de Ponta Porã/MS para a obtenção de vantagens patrimoniais indevidas, especialmente relacionadas à gestão de veículos apreendidos e sob a responsabilidade daquelas unidades policiais.
Ainda de acordo com informações do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, um mandado de medidas cautelares alternativas à prisão e dezesseis mandados de busca e apreensão. As ações do Gaeco foram acompanhadas pela Corregedoria da Polícia Civil e também contaram com o apoio de equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
jornalista responsável : Sadib de Oliveira
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