Sem a permissão de órgão competente, o pássaro não pode ser criado fora de seu habitat natural e foi levado ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).
Desde a despedida forçada, Maria de Lourdes está inconsolável, conta sua filha Fabiana Cubilha, 32 anos, acadêmica de psicologia. “Minha mãe ganhou o papagaio porque ele caiu do ninho em uma fazenda, ela cuidou dele desde pequenininho, há mais de 22 anos. Ele sempre foi criado no poleiro, solto, nunca cortou a asa, é criado como filho. Ela tem depressão e um problema que trata no Hospital Universitário, o coração bate bem fraquinho”, preocupa-se.
Ela diz que a família foi pega de surpresa com a chegada da polícia, já que a informação repassada às autoridades era de que o papagaio era anunciado para venda. Isso, conforme Fabiana, é ‘pura maldade’ dos vizinhos e que a mãe jamais pensaria em abandonar Guri.
“Ele gosta de cantar, brincar, é o xodó e muito apegado a ela. Ele chorou muito hora que pegaram e ela eu achei que iria morrer de tanta tristeza, mas era levar o animal ou levar minha mãe ou meu pai presos, além de multar em R$ 5 mil. Então minha mãe optou por deixar levar, mas procuramos um advogado que tenta nos ajudar”, diz.
Para conseguir a ajuda especializada com o advogado, a família terá o custo de R$ 3,5 mil. Por isso, foi criada uma vaquinha online para quem se solidarizar a apoiar a causa.
“Sei que por erro nosso, não registramos ele. Temos várias testemunhas que ele está há muitos anos com a gente e é tratado como da família, vamos tentar até o fim ter o Guri de volta, até porque ele não conseguiria mais se acostumar de novo na natureza”, finaliza.
Para ajudar, basta acessar este link ou entrar em contato pelo telefone (67) 99295-0740.