Milionários, os dois deputados estaduais do DEM tiveram evolução patrimonial de 10,1% a 163,5% em quatro anos, conforme as declarações de bens entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
José Roberto Teixeira, o Zé Teixeira, e José Carlos Barbosa, o Barbosinha, estão entre os políticos mais ricos de Mato Grosso do Sul. Um deles começou a vida como sorveteiro e engraxate em Angélica.
A maior façanha foi obtida por Barbosinha, presidente da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) na gestão de André Puccinelli (MDB), e titular da Secretaria de Justiça e Segurança Pública na administração de Reinaldo Azambuja (PSDB). Entre 2014 e 2018, o seu patrimônio passou de R$ 3,187 milhões para R$ 8,398 milhões, aumento de 163,5%, seis vezes acima da inflação acumulada no mesmo período.
De acordo com o TSE, a maior parte do patrimônio, R$ 4,622 milhões, está em investimentos e poupança. Ele declarou casa de R$ 300 mil e outros bens, com valores de R$ 300 mil, R$ 350 mil e R$ 464 mil.
Há quatro anos, o maior patrimônio de Barbosinha era formado por aplicações em bancos e planos de previdência, que somavam R$ 1,004 milhão. Ele ainda declarou crédito decorrente de dois empréstimos (R$ 337,8 mil) e chácara (R$ 250 mil).
O democrata não nasceu milionário, conforme o perfil divulgado no site da Assembleia. Barbosinha foi sorveteiro, engraxate e o primeiro funcionário público do município de Angélica. Antes de ingressar na política, formou-se advogado e foi professor universitário.
O pecuarista Zé Teixeira teve evolução abaixo da inflação no seu patrimônio, de 10,1%, considerando-se a oscilação de R$ 14,444 milhões em 2014 para R$ 15,9 milhões neste ano. No sexto mandato de deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, ele declarou outros bens com os maiores valores, de R$ 6,380 milhões e R$ 3 milhões. Também possui três casas, com valores entre R$ 39,1 mil e R$ 350 mil.
Há quatro anos, quando a Justiça Eleitoral exigiu a declaração detalhada, Teixeira elencou várias fazendas, sendo que a mais valiosa era de R$ 7 milhões.
Zé Teixeira foi citado na delação premiada da JBS, homologada pelo Supremo Tribunal Federal, como o responsável pela emissão de notas frias para “legalizar” suposta propina paga ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Ele negou a denúncia e usou a tribuna do legislativo, em maio do ano passado, para destacar que tinha a documentação e notas fiscais de todo o gado vendido aos frigoríficos da JBS. O tucano também negou ter recebido qualquer vantagem indevida.
A evolução da riqueza dos deputados do DEM
Zé Teixeira: + 10,1%
- 2014 – R$ 14.444.050.49
- 2018 – R$ 15.904.471,27
Barbosinha: +163,5%
- 2014 – R$ 3.187.312,71
- 2018 – R$ 8.398.669,28
FONTE: TSE
Além dos democratas, O Jacaré já publicou a evolução patrimonial dos deputados estaduais do PSDB, MDB e PT.
fonte O Jacaré