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CHURRASCARIA

Réu com filho de Reinaldo no caso do roubo de propina quer levar ação para Terenos

Decisão caberá ao ministro do STJ que julga inquérito contra o governador

Réu no caso do roubo de propina envolvendo o filho do governador Reinaldo Azambuja (), o empresário David Cloky Hoffmam Chita quer levar o julgamento da ação penal para a Vara Única da Comarca de Terenos.

O pedido foi baseado no local onde teria ocorrido o crime: a emboscada armada para roubar propina paga ao corretor de gado conhecido como Polaco que, conforme a denúncia, foi montada na BR-262.

Nesta sexta-feira (5), despacho publicado no Diário Oficial do  (Superior Tribunal de Justiça)  passou ao ministro Félix Fischer a incumbência de parecer sobre a transferência. A consulta solicitada no RHC (Recurso em ) de nº 119669/MS foi determinada pelo ministro Joel Ilan Paciornik. Em outubro de 2019, o mesmo ministro havia negado a concessão de liminar para que o empresário fosse julgado em Terenos. A decisão pode ser conferida aqui.

Desde então, foi determinado pela Justiça que os envolvidos na ação o fossem processados perante o Juízo da 4ª Vara Criminal de Campo Grande. Diante disso, Rodrigo Souza e Silva, filho do governador, chegou a ingressar com exceção de suspeição, ou seja, pôs em xeque a imparcialidade da juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna para julgar o feito. Além disso, pediu a interrupção do andamento do processo. Os dois pleitos foram negados, conforme publicado no Diário da Justiça Estadual.

Agora, caberá ao  apreciar o mérito do pedido de transferência do empresário para Terenos. Na mudança, o parecer de Fischer é fundamental porque ele é o relator do inquérito n.º 1.190 que traz o governador como criador de ‘bois de papel’, nome que faz referência aos abates fictícios de gado para esquentar propina paga em troca de isenção fiscal na  (Secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul).

“Destarte, considerando a relatoria do Inquérito n. 1.190/, a fim de se atender ao disposto no art. 71, caput, do RI, consulte-se o ilustre Ministro FELIX FISCHER acerca da eventual prevenção para julgamento deste recurso em habeas corpus”, determinou o ministro no despacho, cuja íntegra pode ser conferida clicando aqui.

O caso do suposto roubo de propina e plano de ‘queima de arquivo’ envolvendo o governador e o filho mostra Reinaldo Azambuja como chefe de organização criminosa acusada de desviar mais de R$ 200 milhões dos cofres públicos em MS. O governador nega a acusação, que veio à tona com delação premiada dos irmãos Batista, donos da JBS.

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