Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias do Vale, o motivo desta falta de gás GLP se dá por descaso da Petrobrás com as empresas distribuidoras.
“O problema nosso é aqui na Petrobás, ele não dão um parecer do verdadeiro motivo que está faltando o gás de cozinha, continuam com a política de aumento de preços, e dizem que há problemas com equipamentos e que as manifestações dificultaram na distribuição do gás”, declarou Zenildo.
Em contato com os revendedores, a maior falta de botijão de gás, é da empresa Copagás, que de acordo com o sindicato, a mesma compra o gás refinado da bolívia, país que está com a fronteira de Corumbá fechada por conta de uma grave boliviana, que pressiona o governo federal da Bolívia a realizar o Censo Demográfico e Populacional.
Porém Zenildo explica que o motivo da falta do gás de cozinha no Estado, não se dá pelo fechamento da fronteira do Brasil com a Bolívia.
“O gás boliviano é utilizado no Brasil para outros serviços, ele vem mais para ser utilizado para industrias, o problema com o gás de cozinha é com a Petrobás”, explicou Zenildo.
Baixo Estoque
Samuel Nunes Monteiro, 31 anos, é dono de uma revendedora de gás de cozinha em Campo Grande. Procurado pela reportagem do Correio do Estado, ele informou que está faltando o gás para retirada.
“Estamos retirando o gás em menor número, mas apesar de estar faltando o gás GLP, não chegamos a ficar sem estoque. Apenas o Copagaz que temos só um no estoque, e amanhã provavelmente não teremos mais. Acredito que a situação está pior, principalmente no interior”, disse Samuel.
O revendedor normalmente compra de 100 a 120 butijões de gás por semana, porém nesta semana Samuel só conseguiu colocar no estoque 15 butijões da marca Copagaz.
“A grande demanda de gás no Mato Grosso do Sul é da Copa Energia, que é dona de 27% do mercado, e logo atrás é a Ultra Gas.
Essas duas são as que estão faltando mais gás atualmente”, declarou Zenildo.