Responsável por investigar e até mesmo “condenar” os gastos com progagandas de prefeituras e também do Governo do Estado, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul gasta valor quase milionário com publicidade institucional.
E mais: não realiza licitação para contratar uma nova empresa há praticamente cinco anos.
Apesar dos anúncios de economia e de fiscalização devido à “crise” econômica, o Tribunal de Contas do Estado concedeu reajuste quase R$ 1 milhão para ‘torrar’ em marketing e propaganda. O valor foi liberado em aditivo com a agência Agilitá Propaganda e Marketing e assinado pelo presidente da corte de contas, conselheiro Waldir Neves, e pelo dono da empresa, Ariosto Barbieri.
Segundo consta no Diário Oficial do TCE-MS, publicado desta terça-feira (17), este é o valor para apenas seis meses. São R$ 156 mil mensais somente para o gastos com propagandas. Este é o sexto aditivo que é realizado com a empresa Agilità.
O contrato foi celebrado em 2012 e no ano passado o aditivo foi assinado, porém sem a divulgação de valor, conforme preconiza a lei da transparência.
A empresa Agilitá Propaganda e Marketing foi contratada por meio de licitação com prazo de um ano, ainda na gestão do ex-conselheiro Cícero de Souza e, desde então, foram feitos apenas aditivos, não sendo realizada nova licitação para contratação de agência.
Dois pesos, duas medidas
O órgão é responsável pela análise e julgamento das contas do Estado de Mato Grosso do Sul e também pelas contas dos municípios, inclusive aplicando multas e sanções contra municípios, que na análise dos conselheiros “gastam muito” com propaganda. Exemplo ocorreu em 2015, quando o TCE deu uma ‘dura’ na Prefeitura de Campo Grande, justamente questionando os gastos com publicidade (leia mais aqui).
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Contas via e-mail, porém até o fechamento desta reportagem não havia sido enviada resposta.
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