Os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) julgaram nesta quarta-feira um recurso do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza e decidiram diminuir em um ano e meio a pena aplicada a ele no julgamento pelo assassinato de Eliza Samudio, ex-amante de Bruno.
A condenação do ex-goleiro em primeira instância, de 22 anos e 3 meses de prisão, foi reduzida para 20 anos e 9 meses, em função de o crime de ocultação de cadáver ter prescrito. O prazo para prescrição era de quatro anos. Entre a publicação da sentença, em 8 de março de 2013, e o julgamento de hoje na segunda instância, contudo, o tempo transcorrido foi maior.
Além de ocultação de cadáver, o ex-goleiro do Flamengo foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e sequestro de menor, no caso, Bruninho, o filho que ele teve com Eliza.
Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada de Bruno, também teve um recurso julgado pelo TJMG e a pena reduzida em virtude da prescrição de um crime. Ela havia sido sentenciada a cinco anos de prisão, em regime aberto, por sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e do filho dela. Por decisão dos desembargadores, contudo, apenas a condenação referente à criança se manteve e a pena foi reduzida a três anos, em regime aberto, convertida ainda em prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa.
O ex-goleiro já cumpriu sete anos em regime fechado e chegou a deixar a prisão em fevereiro deste ano, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. Nos três meses em que esteve fora da cadeia, Bruno chegou a atuar pelo Boa Esporte, de Varginha, que disputa a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Em maio, porém, uma decisão do STF o obrigou a retornar à prisão.
Goleiro Bruno tem seu primeiro dia de treinos no Boa Esporte Clube, em Varginha (MG) (Leslie Leitão/VEJA)