Corumbaense e Operário farão a final do Campeonato Estadual em campo.
Fora dele, o imbróglio que classificou o Novo, eliminado nas semifinais na última quarta-feira (28), ganhou novo capítulo após o pleno do Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul indeferir os recursos movidos pelo lateral-direito Paulinho e Cosa Rica, mantendo a perda de 13 pontos ao clube do interior pela escalação irregular do atleta na primeira fase da disputa.
A decisão dos auditores aconteceu na noite de quarta, na sede da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.
Resta a Paulinho e Costa Rica agora recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, o que deverá acontecer.
Na audiência da última noite, Arley de Campos Carvalho, advogado do Costa Rica, embasou seu pedido em um erro na citação do julgamento do atleta, ocorrido no ano passado, quando, segundo ele, Paulinho foi citado antes das 48 horas mínimas estipuladas.
Os auditores rebateram, alegando que o atleta contou com defesa feita pelo Operário na ocasião e o clube não reclamou do pequeno prazo à época. Portanto, a anulação pedida não seria mais válida. A recusa foi unânime.
O CASO
Paulinho foi expulso no primeiro jogo semifinal do Operário, clube que defendia na época, contra o Corumbaense, em duelo que se repete esse ano na decisão do título.
O jogador cumpriu a suspensão automática e depois pegou suspensão de mais três jogos, que deveriam ser cumpridas em competições oficiais disputadas no Estado.
Só que Paulinho foi para o futebol catarinense no segundo semestre. E não cumpriu o gancho ao retornar para o Estado, este ano.
O Costa Rica, que ficou com 11 pontos ganhos no Grupo A, na primeira fase, foi denunciado pelo Novo, lanterna e então eliminado na chave, e que se beneficiou com a decisão, classificando-se ao mata-mata.
Como consequência, o clube do interior perdeu 13 pontos ao todo, três para cada um dos três jogos em que Paulinho foi relacionado irregularmente, além dos quatro ganhos em campo com o jogador.
Outro caso em que o tapetão quase deu as caras acabou arquivado na Federação. Ainda na quarta, a secretaria do TJD publicou o arquivamento de uma denúncia feita ao Tribunal.
O caso – que estranhamente não é indicado no documento – se refere a escalação irregular de Gustavo Rosalem no Sete, nas duas primeiras rodadas da competição.
O atleta, que saiu da equipe depois disso, foi condenado ano passado a cumprir dois jogos de suspensão, mas apenas um dele, automático, foi cumprido em 2017.
Em 2018, ele entrou em campo faltando ainda um jogo. Antes da semifinal, o Operário anunciou que entraria com ação buscando a mudança de vantagem do empate de lado.
Porém, a equipe alvinegra venceu os dois duelos – 1 a 0 em Campo Grande e 2 a 1 a volta em Dourados -, eliminando o Sete da competição e garantindo vaga nas finais do Estadual, após ficar 21 anos afastado dessa fase decisiva. Assim, o clube desistiu de tal ação.