De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 entregue pelo governo ao Supremo Tribunal Federal, a distribuição da vacina contra a Covid-19 está prevista em três fases, misturada à vacinação contra a influenza, e deve durar quatro meses.
“A distribuição cronológica no decorrer dos meses, inicialmente organizada, alterna semanalmente as vacinas de rotina e as vacinas destinadas aos grupos prioritários específicos das campanhas da vacina covid-19 e influenza, e observa os cronogramas previstos já apresentados pela AstraZeneca”, diz o documento.
No primeiro mês da distribuição, ocorrerá a amostragem dos lotes e início da distribuição da vacina.
No segundo mês, começa a distribuição para o grupo prioritário.
No terceiro mês, são contemplados os 40% do grupo prioritário.
Por fim, no quarto mês, a população com comorbidades será contemplada.
Essa logística aplica-se, segundo o Ministério da Saúde, à vacina da Pfizer/Biontech.
“Considerada a introdução da vacina Pfizer, encontra-se em andamento o planejamento da estratégia para utilização desta vacina, tendo em vista o quantitativo de 2 milhões de doses previstas para o primeiro trimestre de 2021, até que o mercado tenha”, afirma o documento.
“Essa vacina, incorpora desafios logísticos ao propor tecnologias diferenciadas aos programas de imunizações do mundo. A plataforma requer condições de armazenamento e transporte à ultrabaixa temperatura (-70°C), enquanto os requisitos de temperatura predominantemente exigidos para as atuais vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aos programas do mundo variam na faixa de +2°C à +8°C.”
O plano não traz, no entanto, a data de início da vacinação no Brasil. De acordo com o documento, para “a incorporação da nova vacina no Calendário Nacional de Vacinação faz-se necessária a aprovação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.
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(Publicado por Marina Motomura)
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